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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Amanhã a duas mãos

Fotografia de Em@
.
Há sempre Esperança
de que o Amanhã
seja diferente.
Luta-se por isso,
sonha-se com isso,
vive-se para isso.
Mas, quando o véu
do Amanhã se levanta,
a única coisa
que mudou,
foi a intensidade
da desilusão...

-Porque será
que o Amanhã
é sempre
mentiroso?

EM@

O Amanhã é mentiroso
porque desditoso,
de votos, de sentidos,
de promessas na hora.
Depois tudo esmorece,
porque o homem esquece,
e o que ele tece
são agonias totais,
misérias de vidas,
Invernos reais.

maria eduarda

17 comentários:

  1. Lindíssimo! Gostei tanto que também postei a poesia a duas mãos no meu blogue.
    Beijo

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  2. Lembro-me do seu poema primeiro que me pareceu incompleto ... já se esqueceu... mas continuo a procurar não só na sua prosa-verso- como na imagens as suas emoções contidas. Deve ser dificil ser-se assim neste nosso cantinho ....

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  3. Ema
    Isso hoje está negro...
    Como disse não sei quem, "preocupa-te com o futuro, que é nele que vamos viver". É sempre bom acordar amanhã...

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  4. Anabela:
    Obrigada e beijinho. Tu e Miguel foram as minhas primeiras janelas para a blogosfera.
    Beijinho outra vez.

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  5. Blackhill:
    Eu escrevo,pinto e desenho para trabalhar as minhas emoções. É um caminho. Poderia escolher outros.Nós não possuímos botões que permitam desligar ou ligar esse nosso lado, mas podemos sempre trabalhá-los para nos defendermos do sofrimento.
    Não me lembro desse poema "incompleto" :(...sorry talvez tivesse um final aberto, não?
    Há muitos anos, eu escrevia poesia com rima, mas depois decidi-me, por gosto pessoal, pelo verso branco. Acho mais natural.
    Gostei da visita.
    Um abraço

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  6. Buxinha:
    Embora não comente muito (falta de tempo), dou sempre uma espretadinha qd posso...
    Tá lindo o teu cantinho!!!
    :-)

    Jinho bruxulento.

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  7. Miguel:
    Que nada!Hoje estou muito bem :)))
    Este poema é de há uns meses, não tinha era ainda sido postado. A Dudú escreveu um (Ilusões) no blog dela e eu lembrei-me deste. Pu-lo na resposta. E voilá...deu um post.
    Abraço

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  8. Dudú:
    Gostaste? Fico contente.
    Beijinho

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  9. Em@,
    Belas poesias, a sua e da Maria Eduarda.
    "o amanhã é sempre mentiroso?"
    Se cada um de nós cumprisse a sua função, tudo poderia ser diferente.
    Hoje, todos qual é a função do outro, menos a dele.
    Acontece a cada momento, depois culpamos o mundo, o amanhã e injustamente o chamamos de mentiroso...
    Pobre amanhã...
    O que será dele...
    beijinhos,
    Marise.

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  10. Minha Bruxinha Bé:
    Fico contente por te saber por aqui.
    Cusca aDeclaração de Afe(c)to.
    Beijo e obrigada

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  11. Marise:
    Claro que a culpa é nossa. Sempre. Criamos demasiadas expectativas e depois, pisamos um prego (como diz e muito bem o nosso amigo Miguel Loureiro).
    Beijo e obrigada.
    Ainda tenho que dar uma passada no blog da sua Louise para lhe dar os parabéns pelo selo fofo que ela criou...

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  12. Em@, bom dia.
    É sempre muito estimulante ler quem escreve bem o que pensa bem. Se a escrita for a voz do silêncio, como penso ser o elemento identitário da poesia, então ainda melhor. Mesmo quando tem a vesti-la o véu desencantado do amanhã que, evidentemente, não existe.
    E esse é o paradoxo por excelência do viver humano: vivemos com os pés no presente e os olhos no futuro. O olhar arrasta-nos e perde-nos. O andar prende-nos ao chão onde moram as sombras que nos prendem os passos. E assim nos encantamos nos sonhos que sonhamos e desencantamos com as sombras dos sonhos que vivemos. É a vida!

    Parabéns, Em@, pela escrita e palas imagens.
    Excelente ano.

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  13. Jad, boa tarde (aqui chove taaaaanto e o dia tem uma cara muito feia...)
    Fico muito contente por teres vindo até cá. Obrigada pela visita e pelas palavras que traduzem muito bem o que eu penso, ou não fosses um poeta.
    Sem poesia e pintura não conseguiria exprimir muito do que sinto. Não exprimo tudo consciente ou inconscientemente, não sei. Por incapacidade? Por achar que deve haver um espaço onde guardo o que não quero público? Luto muito com a ambivalência, mostro/não mostro.Resumindo: é uma questão de pudor em desnudar o espírito perante os outros.
    Mais uma vez obrigada Jad. Volta sempre que te apetecer.
    1 XALENTE 2010. :))))

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  14. Acabei de fazer desaparecer o comentário ao tentar enviá-lo. Não sou capaz de o repetir. Dizia, em todo o caso, que passo por aqui muitas vezes, embora nem sempre deixe comentário. Passo por aqui e delicio-me com as palavras e as imagens. Como hoje em que o céu caiu desamparado nas ruas e caminhos arrastando-os para o rio.
    Referia-me também ao “... ou não fosses poeta” dizendo que não me creio poeta porque respeito demasiado as palavras que dizem o silêncio, que é onde o poema mora. Por isso, dado que, como escrevi uma vez, “o poeta é filho do poema”, eu escrevo, ao lado dos textos ensaio, “talvez poemas” e não poemas. E acrescentava que olho as palavras com o ar embevecido de um menino que se encanta com o arco-íris e inventa histórias com as nuvens. E que as estimo muito.
    Em todo o caso, agradeço, encantado, a consideração que, podes crer, não é maior do que a que nutro pelas tuas palavras e imagens.
    Obrigado.

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  15. Jad:
    Eu sempre reparei "no quase poema" e gostei da expressão.Diz muito, querendo, talvez, dizer pouco. Quem ama as palavras e se exprime da maneira que tu o fazes, só pode ser poeta.Há aí muita sensibilidade...Desde que te li, pela 1ª vez, no prof (ou terá sido no umbigo?) que fiquei atenta, porque intuí logo, que para além do conhecimento cintífico e prático com que falavas dos assuntos que comentavas, havia também o lado sensível de lidar com as palavras.
    quem escreve isto:"olho as palavras com o ar embevecido de um menino que se encanta com o arco-íris e inventa histórias com as nuvens." só pode ter alma e jeito de poeta. :))
    Será sempre um prazer ler-te/receber-te.
    Obrigada pelo resto. :)

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  16. Talvez, Em@, talvez. Para já bastam-me os sorrisos dos amigos que me visitam as palavras.
    Obrigado.

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