assistiam aos serviços religiosos.
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Fotografias de Em@
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a preto e branco ou a cores
Sócrates foi tomar um café a casa do músico. A pedido deste, disse o seu gabinete. Chico Buarque desmentiu-o categoricamente.
Pelos melhores e piores motivos, a passagem de José Sócrates pelo Rio de Janeiro foi uma verdadeira aventura. Como em qualquer história há, porém, pelo menos um registo que o primeiro-ministro leva para casa: a de um café em casa de Chico Buarque, na melhor zona de Ipanema, com direito a fotografia para a posteridade.
Dizia quem acompanhava o PM que o momento se proporcionou por um pedido brasileiro do próprio cantor/compositor a Lula da Silva, seu amigo de longa data. Ao caso, uma cunha antiga: se lhe marcava um café com Sócrates. As razões para tal convite são desconhecidas.
Acontece que Chico Buarque desmentiu esta versão. Disse ao Público que foi Sócrates quem o quis conhecer. "Foi o vosso ministro quem pediu o encontro. Nem faria muito sentido eu pedir um encontro e o primeiro-ministro vir ter à minha casa", afirmou, mostrando-se indignado com a versão da história contada pelo staff de Sócrates.
A seguir a este desmentido, o gabinete do PM rectificou: afinal a iniciativa partira mesmo de Sócrates, que há algum tempo tinha dito a Lula que gostava de conhecer pessoalmente o cantor/escritor. E a versão inicial (Chico a pedir o encontro) não passara, afinal, de um "erro de transmissão" no gabinete.
Seja como for, Sócrates não hesitou. Cortou ao meio uma reunião com empresários e lançou-se ao trânsito para ter uns minutos com quem disse ser o seu símbolo de juventude.
O primeiro-ministro aproveitou para pedir autógrafos para distribuir pela família. Levava na cara um sorriso (para além de enorme cansaço), deixando cair um "vai ser um sucesso lá em casa".
No dia antes, de resto, o meio cultural brasileiro foi motivo para uma desventura. Estava marcado, também no Rio, um jantar no consulado com 35 personalidades da vida cultural da cidade:
Mas, nesse dia, José Sócrates não esteve para tanto. Deu ordem para reduzir o jantar ao mínimo, deslocou-o para um restaurante italiano da moda (também em Ipanema) e causou um embaraço ao cônsul português obrigado a desconvidar personalidades como a actriz Marília Pera, o ex-campeão do mundo de futebol Zico e, sobretudo, o ex-ministro e cantor Caetano Veloso (??? destaque meu, chamada de atenção da AL).
Pelo meio, ficou um dia atribulado. Vários encontros bilaterais desmarcados no Fórum das Civilizações, mais por culpa da desorganização do evento; um encontro com empresários que acabou com cadeiras a mais para os presentes (cerca de 20); e umas declarações à comunicação social tiradas a ferros.
O tango é ao mesmo tempo um género musical e um tipo de dança (de par) . Nasceu no final do século XIX provavelmente como resultado de uma mistura de vários ritmos dos subúrbios de Buenos Aires. (habanera e polcas).
É uma dança carnal, de desejo, de corpos que se entrelaçam num jogo de sedução, num diálogo corporal representado pelo roçar sensual dos sapatos enquanto o par se movimenta num ir e num vir.
É uma dança exibicionista e esteticamente muito bela e forte.
O seu início esteve ligado a bordéis e cabarés frequentados ,essencialmente,pela população imigrante, maioritariamente masculina.
Por isso, e porque só as prostitutas se disponibilizariam a este tipo de dança , era comum que o tango fosse dançado por um par masculino, daí os rostos se posicionarem de lado ,sem se fitarem.
Há contudo uma outra explicação , mais mítica ,que diz que o tango teria começado nas prisões entre os prisioneiros masculinos, para estimular o relacionamento sexual entre eles e que, uma vez livres, teriam ido viver para os bairros mais pobres de Buenos Aires e levado a dança para os bordéis e cabarés.
Mais tarde extrapolou as paredes destes e passou para os bairros proletários.
E a partir do momento em que teve sucesso na Europa, principalmente, em Paris ,as melhores famílias de Buenos Aires adoptaram-no.
No início os instrumentos da música que suportava este tipo de dança eram a flauta, o violino e a guitarra. A flauta foi depois substituída pelo "bandoneón" (trazido pelos alemães) e foram os imigrantes que lhe deram o toque da nostalgia e melancolia.
Carlos Gardel foi o inventor do tango canção e o grande divulgador deste género. Depois da sua morte prematura num acidente de aviação em 1935, quando tinha 45 anos,o tango teve um decréscimo de interesse fora da Argentina.
Foi Astor Piazzolla quem lhe deu uma nova roupagem, rompendo com o tango clássico e dando-lhe assim uma nova perspectiva.