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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Apeteceu-me: dizer-vos Boa Noite assim...




Vamos, até que a voz nos doa, utilizar esta arma!
É urgente.
Faz-se tarde...muito tarde!

6 comentários:

  1. E a canção me aqueceu nessa noite de chuva na minha Ilha...bj!

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  2. Ainda bem, Franck!
    Aqui faz um calor de morte nestes tempos incertos que vivemos!
    beijo

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  3. Ah, voltei, para dizer-te que os meus textos são ficção,ok? Até breve!

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  4. Ai, Franck, o que eu já me ri comigo mesmo.;)
    nem eu imaginei outra coisa!
    boa noite!

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  5. Olá

    Cá está ele, o do espírito inquieto que nos inquieta no seu modo de dizer e representar, cantando, a busca, permanente, não do sentido da vida mas de um sentido para a mesma que se vai trilhando pelo norte de um mundo socialmente mais justo.

    Como cantor compositor, já vi dele os mais belos espectáculos musicais e cénicos e nos álbuns que publicou, alguns por processos rocambolescos, encontro o que de melhor se fez no âmbito da música ligeira, em Portugal. Para além de ter colaborado com muitos outros confrades de eleição, Sérgio, Zeca e Fausto são disso os melhores exemplos, lançou múltiplos projectos de que, para não saturar, recordo o GAC como um dos expoentes máximos da pesquisa dos sons populares e, bem na linha de um Giacometti, para a época, profundamente inovadores -a Banda do Casaco, com outra matríz ideológica, se assim se pode falar, foi antecessora dessa experiência- e pioneiros no que mais tarde se veio a designar genericamente por música popular portuguesa. É pois, a esse nível, um imortal.

    Como homem curvo-me perante a sua grandeza.
    Atravessou períodos críticos e difíceis e não só antes da revolução dos cravos, enquanto exilado em França, como igualmente depois da desforra do PREC que muitos confundiram com a normalização democrática e que castigou fortemente todos os que pensaram de maneira diferente, como foi o caso, remetendo-o enquanto cidadão e artista para uma marginalidade forçada e arredada dos circuitos normais de uma actividade profissional.
    A tudo isso resistiu e sobre tudo isso se voltou a erguer, sem abdicar dos seus valores e pensamento próprio, para nos continuar a presentear com uma beleza sonora e literária ímpar e ainda agitando a quietude de almas que permanecem cegas pelos engodos de uma sociedade de pensamento único e em que a única atitude reconhecida é a que se encharca da futilidade que teima em ver no ter o caminho primordial da felicidade.

    Politicamente estou muito distante dele e do ponto de vista filosófico acharia imensa piada se tivéssemos referênciais comuns, mas tenho para mim que a civilização democrática carece de pessoas como ele, pois, sem elas, dificlmente aquela se alarga ao ponto de curar para que os mais pobres, os mais fracos, vejam as barreiras imprescindíveis para que a pata pesada dos mais fortes muito simplesmente as esmague, como coisas sem valia e, ao mesmo tempo, possam dispôr dos ecos que lhes permitam dizer que estão aqui, também estão aqui e são gente, com sangue e nervo, como qualquer de nós.

    "Perfilados de medo, agradecemos o medo que nos salva da loucura (...)" escreveu O'Neil, o grande e genial e incrivelmente esquecido O'Neil que ele cantou e musicou de um modo tão belo e inteligente e é precisamente daí uma das suas maiores lições, a coragem para enfrentar e superar o medo, para que nos possamos salvar da loucura não por ele, mas pela força da nossa vontade, a dos homens que não se resignam à ideia de que não vale a pena sonhar com uma vida melhor para todos, enquanto sociedade feita de comunidades de humanos.

    Vi-o em Outubro passado, com o Sérgio Godinho e o Fausto, no Campo Pequeno e mais uma vez me deparei com um profissionalismo sem tréguas perante as facilidades e, sobretudo, as palavras vãs. Espectáculo subversivo, com todas as teclas e letras afinadas para o abalo nas consciências para quem ofereceram a apoteose da "(...) linda desfilada (...)" da "Confederação" de sua autoria.

    É sempre grande o homem que reconhece que viu "(...) este povo a lutar (...)"...

    Hoje alonguei-me, tome-o como um sinal de respeito por si e por este espaço bonito, uma praça pública, pelo que se vai vendo e a senhora nos vai oferecendo, aquilo a que eu pessoalmente sempre gosto de chamar como uma bonita praça de oliveiras cujas sobras sempre associei à paz daqueles que gostam de repousar de caminhadas e nessa frescura falar livremente.

    Shalom,

    Luís F. de A. Gomes

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  6. Olá, Luís!
    Muito obrigada pelo seu comentário. Eu poderia ter feito uma introdução ao Zé Mário Branco e referido muito do que escreveu.
    Eu tenho pena que este país não dê o verdadeiro valor ao Zé Mário Branco tanto como compositor, como cantautor, encenador.
    ...
    Eu estou muito próxima dele, do Sérgio, do Fausto, do Francisco Fanhais, de elementos do GAC, que tão bem referiu, por muitas razões.Uma delas por causa do meu compagnon de route. :)
    ...
    agradeço as palavras que em endereça, sempre, tanto a mim como sujeito como ao meu canto. e sabe que +, gostei que o classificasse como uma praça de oliveiras cujas soMbras sempre associei à paz daqueles que gostam de repousar de caminhadas e nessa frescura falar livremente. sabe que tenho lá em cima no meu jardim junto ao céu duas oliveirinhas envasadas? e duas laranjeiras também!
    ...
    Shalom, Luís!

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