Quando até a literatura é estrangeira Na regra dos noves fora mais antiga É condição redobrada ser a primeira A contar de quanto trauteio a cantiga De ficar absorto a soletrá-la pertinaz Já que o corpo por repouso tudo aceita Incluindo ler, que só à mente deleita, Seja a tarde longa e calma ou fugaz Que sempre voará se no fazer apraz.
Medido o tempo por esta clepsidra Onde cada segundo é uma frase lida A pingar da pipeta do entendimento Tece enredos quem só decepa a Hidra Lhe sega as cabeças do medo à vida Tira à serpente gigante o tormento E lhe dá em troca o jeito sagaz melado De um S com asas dito voo soletrado E no sibilo de uma língua enrolado.
A primeira letra de um nome, portanto Só anda repetido adiante, se avança Revestido na aliança serena do canto Em que o compasso é passo e balança Braço dado fazendo do par a esperança Deste Alentejo como um lamento cantado Na sesta amena ao ritmo arado do beijo Que é outro tanto do canto do S no desejo.
Boca a desenrolar-se é só mandorla da fé Num zero que a cabala indica, mas que é O seixo do ábaco se a unidade multiplica Por dez, por cem, por mil e até o infinito Estica, dando ao ver o que só se acredita Existir, sendo esse anel o aro de espírito Suficiente à matéria como forma de lente Prà visão num oito alcançar o ponto fito Que nunca é visto só pelo olhar da gente.
Quem já viu longe e para lá do horizonte Que a eternidade tem por coisa tão certa Como uma árvore, colina, rio, ou monte Habitado por família unida, sã e desperta? Então, esse sabe até reconhecer a aresta Que há no distante Sol cuja seta acerta Raio de alerta e sobre a alma o rio apresta Ao tempo contínuo, sem fim, sólida ponte!
Em defesa do Ambiente. Em defesa da Terra. Em defesa do Universo.
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Paz Para A Palestina
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Solidariedade Com O Povo Saharaui
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Na compra do livro ajuda a Regaço que apoia crianças em risco...
2010 - Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social
"É proíbida a entrada a quem não estiver espantado de existir." José Gomes Ferreira
Viva A Diversidade
As Minhas Raízes
ÁFRICA
Reticências
"As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho..."
Mário Quintana
Exílio
"Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades."
Sophia de Mello Breyner Andresen
Nos teus olhos
"É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe, mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti; Nuno Júdice
Vazio
"A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.”
Manoel de Barros
Poema do Contra
"Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!" Mario Quintana
Quando Eu Morrer
"Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto ao mar."
Sophia de Mello Breyner Andresen
Quem
"...Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros
Sem nos dar braços para os alcançar?!..." Florbela Espanca
Livro
"O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive." Vieira, António (Padre)
Palavras
"As palavras não dizem tudo quanto é preciso. Diriam mais, talvez, se fossem asas." José Saramago
Escrever
"Escrever é fácil: começas com uma letra maiúscula e terminas com um ponto final. No meio colocas as ideias." Pablo Neruda
Dúvida
"Duvido, portanto penso."
Fernando Pessoa
Sabedoria Africana
Ter sempre pressa não impede a morte, tal como ter vagar não nos impede de viver."
Provérbio Escandinavo
"Visite os seus amigos com frequência. O mato cresce depressa em caminhos pouco percorrido."
Trabalho
"O homem não nasceu para trabalhar, mas para criar."Professor Agostinho da Silva
Futuro
"O Futuro é a solidão por estrear." José Agualusa in Barroco Tropical
Poeta
"Quando já não havia outra tinta no mundo, o poeta usou do seu próprio sangue. Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo. Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado. Como o sangue: sem voz nem nascente."
Mia Couto
Talvez poema
"(...) Osamigosnãomorrem
somosnósquemorremos namortedeles"
Jad
Sensibilidade
"A sensibilidade é a pele da alma..." Miguel Loureiro
Sentidos
"Nós temos cinco sentidos: são dois pares e meio de asas.- Como quereis o equilíbrio?" David Mourão-Ferreira
"Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira. O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos. Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos." Martin Luther King
"To see a world in a grain of sand, and heaven in a wild flower... hold infinity in the palm of your hand, and eternity in an hour." William Blake
Caos
"É preciso muito caos interior para se poder parir uma estrela que dança." Nietzsche
Quase
"Quem quase morre ainda vive. Quem quase vive já morreu." Luís Fernando Veríssimo
O valor das coisas
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". Fernando Pessoa
Playing For Change
“Behind the storms of daily conflict, crisis and struggle, it is the artist, and the poet and the musician that continues the quiet work of the centuries, building bridges of experience between peoples, and reminding us the universality of our feelings, desires, and despairs, and reminding us that the forces that unite are deeper than those that divide.”
Décimo Oitavo Cálice
ResponderEliminarQuando até a literatura é estrangeira
Na regra dos noves fora mais antiga
É condição redobrada ser a primeira
A contar de quanto trauteio a cantiga
De ficar absorto a soletrá-la pertinaz
Já que o corpo por repouso tudo aceita
Incluindo ler, que só à mente deleita,
Seja a tarde longa e calma ou fugaz
Que sempre voará se no fazer apraz.
Medido o tempo por esta clepsidra
Onde cada segundo é uma frase lida
A pingar da pipeta do entendimento
Tece enredos quem só decepa a Hidra
Lhe sega as cabeças do medo à vida
Tira à serpente gigante o tormento
E lhe dá em troca o jeito sagaz melado
De um S com asas dito voo soletrado
E no sibilo de uma língua enrolado.
A primeira letra de um nome, portanto
Só anda repetido adiante, se avança
Revestido na aliança serena do canto
Em que o compasso é passo e balança
Braço dado fazendo do par a esperança
Deste Alentejo como um lamento cantado
Na sesta amena ao ritmo arado do beijo
Que é outro tanto do canto do S no desejo.
Boca a desenrolar-se é só mandorla da fé
Num zero que a cabala indica, mas que é
O seixo do ábaco se a unidade multiplica
Por dez, por cem, por mil e até o infinito
Estica, dando ao ver o que só se acredita
Existir, sendo esse anel o aro de espírito
Suficiente à matéria como forma de lente
Prà visão num oito alcançar o ponto fito
Que nunca é visto só pelo olhar da gente.
Quem já viu longe e para lá do horizonte
Que a eternidade tem por coisa tão certa
Como uma árvore, colina, rio, ou monte
Habitado por família unida, sã e desperta?
Então, esse sabe até reconhecer a aresta
Que há no distante Sol cuja seta acerta
Raio de alerta e sobre a alma o rio apresta
Ao tempo contínuo, sem fim, sólida ponte!
E DEPOIS DE AMADURECIDOS ...PODES COLHÊ-LOS DEVAGAR E TRINCAR COMO A MAÇÃ QUANDO ESTALA ENTRE OS DENTES...
ResponderEliminarJOCAS
Parabens pelo seu blog!
ResponderEliminarvisite as conchinhas
www.conchasbelas.blogspot.com
Abraço.
Priscila Lima
Mais uma vez obrigada por deixar aqui a sua poesia, J. Maria Castanho.
ResponderEliminarNoite descansada
Pedras!
ResponderEliminarIsso, adoro maçãs!
e se forem maçãs-de-sonhos, mais ainda!
beijo grande
Obrigada, Priscila.
ResponderEliminarLá irei.
uma mão cheia de conchinhas e um beijo soprado deste lado do Atlântico,