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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Estudo XXI

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6 comentários:

  1. Décimo Oitavo Cálice

    Quando até a literatura é estrangeira
    Na regra dos noves fora mais antiga
    É condição redobrada ser a primeira
    A contar de quanto trauteio a cantiga
    De ficar absorto a soletrá-la pertinaz
    Já que o corpo por repouso tudo aceita
    Incluindo ler, que só à mente deleita,
    Seja a tarde longa e calma ou fugaz
    Que sempre voará se no fazer apraz.

    Medido o tempo por esta clepsidra
    Onde cada segundo é uma frase lida
    A pingar da pipeta do entendimento
    Tece enredos quem só decepa a Hidra
    Lhe sega as cabeças do medo à vida
    Tira à serpente gigante o tormento
    E lhe dá em troca o jeito sagaz melado
    De um S com asas dito voo soletrado
    E no sibilo de uma língua enrolado.

    A primeira letra de um nome, portanto
    Só anda repetido adiante, se avança
    Revestido na aliança serena do canto
    Em que o compasso é passo e balança
    Braço dado fazendo do par a esperança
    Deste Alentejo como um lamento cantado
    Na sesta amena ao ritmo arado do beijo
    Que é outro tanto do canto do S no desejo.

    Boca a desenrolar-se é só mandorla da fé
    Num zero que a cabala indica, mas que é
    O seixo do ábaco se a unidade multiplica
    Por dez, por cem, por mil e até o infinito
    Estica, dando ao ver o que só se acredita
    Existir, sendo esse anel o aro de espírito
    Suficiente à matéria como forma de lente
    Prà visão num oito alcançar o ponto fito
    Que nunca é visto só pelo olhar da gente.

    Quem já viu longe e para lá do horizonte
    Que a eternidade tem por coisa tão certa
    Como uma árvore, colina, rio, ou monte
    Habitado por família unida, sã e desperta?
    Então, esse sabe até reconhecer a aresta
    Que há no distante Sol cuja seta acerta
    Raio de alerta e sobre a alma o rio apresta
    Ao tempo contínuo, sem fim, sólida ponte!

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  2. E DEPOIS DE AMADURECIDOS ...PODES COLHÊ-LOS DEVAGAR E TRINCAR COMO A MAÇÃ QUANDO ESTALA ENTRE OS DENTES...

    JOCAS

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  3. Parabens pelo seu blog!
    visite as conchinhas
    www.conchasbelas.blogspot.com
    Abraço.
    Priscila Lima

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  4. Mais uma vez obrigada por deixar aqui a sua poesia, J. Maria Castanho.

    Noite descansada

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  5. Pedras!
    Isso, adoro maçãs!
    e se forem maçãs-de-sonhos, mais ainda!
    beijo grande

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  6. Obrigada, Priscila.
    Lá irei.
    uma mão cheia de conchinhas e um beijo soprado deste lado do Atlântico,

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