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sem limites no espanto
consigo ler o som
das palavras surdas
que trazes desenhadas
nos olhos
.
o-tempo-não-é-uma-linha
e-nós-já-não-somos
o-que-fomos
.
percebo por fim
que há voos separados
para pássaros do mesmo bando.
.
bato as asas
e voo
a favor do vento.
levo às costas o peso
da saudade do tempo
em que éramos cúmplices .
mas o milagre da Luz
alimenta-me o horizonte
e basta-me.
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Em@
©
e... quando se desaprendeu de voar?...
ResponderEliminarBeijinho!
reaprende-se...Jorge.
ResponderEliminarDesistir é que não.
Cair,levantar,
cair..levantar,
cair...levantar.
Nem que seja com próteses aladas
temos que continuar voar.
beijinho..
ou então, resta-nos voar em pensamento.
o beijinho ficou fora do lugar ahahah era depois! :P
ResponderEliminarBelo poema, Em@.
ResponderEliminarO comentário do Jorge trouxe-me à memória a dualidade platónica do cavalo branco, que insiste em levar-nos para o alto, e o cavalo negro, que faz tudo para nos arrastar para a lama (não é bem nestes termos mas é-lhe fiel). Ao homem compete gerir o melhor possível o voo de um e o peso de outro.
É esse o nosso drama: por mais saber que tenhamos na gestão das nossas fraquezas nunca nos livramos delas em absoluto. São a sombra da luz que nos alumia e encanta.
abraço.
jad,olá!
ResponderEliminartodos nós somos feitos de sombra(s) e de luz, sabemos disso bem.o que não podemos perder é o contacto visual com a luz. e depois a ajuda de cumplicidades na caminhada são sempre bem-vindas.hoje uma, outras amanhã. não precisam de ser físicas, podem ser só intelectuais.
obrigada,jad e um abraço.