Rasgo
a melancolia
com as minhas
mãos
decididas
fortes
nuas.
Foi
apenas
um equívoco!
Eu Sou o Sul.
.
Anabela Magalhães
......
Poema 3
.
"São tão tristes
as casas
que perdem o cheiro
dos que nelas habitaram"
e se consomem
no vazio da memória
dos que ficaram.
Passo a passo
fazemos a morada
com a sombra do que somos
e a luz que inventamos
Nela habitam
sonhos e duendes
no berço regaço
da voz primeira
que nos chamou
.
jad
......
Poema 4
é o hábito
que se cola a mim,
relembrar o Sul,
e no sonho partir
até à terra
onde nasci.
Inútil viagem,
sonho desfeito
no bloqueio
que me dilacerou.
Nada reconheço,
o cheiro desvaneceu-se,
de mim nada ficou
na morada vivida.
Aguardo um regresso
a casa, a mim,
ao meu eu,
entretanto perdido,
assim desconhecido.
.
Dudú
(maria eduarda)
......
Poema 5
.
A Sul
do Sul
ou a Oriente do Oriente
ou a Norte do Norte
tua casa será o sempre
nossa pátria --
a que regressarás
às nêsperas
às margaridas
às tílias
às amêndoas
da memória:
Aí
sim
connosco
tua memória será
um hoje
repleto de todos os hojes
que vives
e viveste.
Ochoa Angelo
.
......
Poema 6
Melancolia
Melão colhia
e lia
nas sementes
as mentes
de quem sentia
no dia-a-dia
as ferradas dos dentes
das serpentes…
Melão comia?
Ou seria melancia?
.
Miguel Loureiro
......
Poema 7
escorre, nua,
a saliva
pelos lábios da cal
onde um dia soletraste
o meu nome.
entre o sopro
e a sílaba
pressinto
o regresso da tua boca
na sombra do beijo.
.
Jorge Pimenta
......
Poema 8
.
Lia
lia
lia
noite
e
dia
lia
lia
com
agonia
lia
lia
de afasia
lia
lia
melancolia
.
Fouad Talal
......
Poema 9
.
o silêncio das asas
solta-se num murmurar
de saudade
aconchego o vazio
nas paredes que vivem em mim
e por mim
conjugo o verbo ser
para me encontrar
e dos lábios molhados
nasce a certeza...
sou mais inteira
do que quando parti.
.
Andy
......
Poema 10
.
estou cansada,
não há casas,
apenas noite,
e o silêncio.
uma réstia de dia,
que abriu as asas,
um beijo,
que fugiu...
.
LauraAlberto
......
Poema 11
O vento soprou todas as minhas pegadas,
E eu já não encontro o caminho de volta.
Então, choro…
Porque já não me percebo,
Porque já não me gosto,
Porque sinto saudade do que perdi.
E pinto a casa de um azul que já não é o mesmo,
E colho flores que já não têm a mesma vida.
Porque dói cada pedaço de mim que se desfaz
Quando tento alcançar aquilo de que já não me recordo.
Sozinha,
Recolho com as mangas as lágrimas
E colo-as na parede que me resta…
Na esperança de que as vejas,
E chores com elas…
Flávia Teodorico.
Rasgo
ResponderEliminara melancolia
com as minhas
mãos
decididas
fortes
nuas.
Foi
apenas
um equívoco!
Eu Sou o Sul.
Mantendo que é um "Talvez Poema" participo assim:
ResponderEliminar"São tão tristes
as casas
que pedem o cheiro
dos que nelas habitaram"
e se consomem
no vazio da memória
dos que ficaram.
Passo a passo
fazemos a morada
com a sombra do que somos
e a luz que inventamos
Nela habitam
sonhos e duendes
no berço regaço
da voz primeira
que nos chamou
é o hábito
ResponderEliminarque se cola a mim,
relembrar o Sul,
e no sonho partir
até à terra
onde nasci.
Inútil viagem,
sonho desfeito
no bloqueio
que me dilacerou.
Nada reconheço,
o cheiro desvaneceu-se,
de mim nada ficou
na morada vivida.
Aguardo um regresso
a casa, a mim,
ao meu eu,
entretanto perdido,
assim desconhecido.
A Sul
ResponderEliminardo Sul
ou a Oriente do Oriente
ou a Norte do Norte
tua casa será o sempre
nossa pátria --
a que regressarás
às nêsperas
às margaridas
às tílias
às amêndoas
da memória:
Aí
sim
connosco
tua memória será
um hoje
repleto de todos os hojes
que vives
e viveste.
Ochoa Angelo
à Em@
Parabéns, Anabela!
ResponderEliminarGostei. :D
Obrigada jad.
ResponderEliminarmas podemos deixar o "talvez poema" na caixa dos comentários e só transitar o "poema" para o corpo principal?pleaaaaaaaaaase?
Muitos thankiús, Dudú!
ResponderEliminarBeijinho
obrigada, Angelo.
ResponderEliminarJá lá está.
Beijinho
Brincando...
ResponderEliminarMelancolia
Melão colhia
e lia
nas sementes
as mentes
de quem sentia
no dia-a-dia
as ferradas dos dentes
das serpentes…
Melão comia?
Ou seria melancia?
Obrigada, MIguel.
ResponderEliminarJá lá está. :)
Se insistes... mas é tua a responsabilidade...
ResponderEliminarJá agora, Em@, coloca lá um "r" em "pe(r)dem" que é o que dizes no teu poema-desafio e que o meu teclado transmutou em pedem.
Grato. Abraço.
Insisto,jad e insisto bem.mas não quero que te sintas onstrangido :S.
ResponderEliminarvou corrigir.
beijinho
Ora aqui vai:
ResponderEliminarescorre, nua,
a saliva
pelos lábios da cal
onde um dia soletraste
o meu nome.
entre o sopro
e a sílaba
pressinto
o regresso da tua boca
na sombra do beijo.
Beijinho!
Ora já lá está!
ResponderEliminarbeijinho
Não se trata de constrangimento, é antes o reconhecimento que me faltam passos a dar até ao poema. E o pior é que não sei se serei capaz de os dar... Até lá vou semeando o silêncio com as palavras que tiro do meu bornal.
ResponderEliminarAbraço.
Lia
ResponderEliminarlia
lia
noite
e
dia
lia
lia
com
agonia
lia
lia
de afasia
lia
lia
melancolia
Psst, jad, não olhes para o chão. é mais fácil.
ResponderEliminarvou tentar mas hoje parece que nada nasce dos lábios do coração
ResponderEliminarObrigada, Fouad, já está em boa companhia.
ResponderEliminar:)
Não tentes, Andy! Atira-te de cabeça. Não tarda os lábios do coração sussurram-te coisas bonitas. Eu sei. Beijinho :)
ResponderEliminaro silêncio das asas
ResponderEliminarsolta-se num murmurar
de saudade
aconchego o vazio
nas paredes que vivem em mim
e por mim
conjugo o verbo ser
para me encontrar
e dos lábios molhados
nasce a certeza...
sou mais inteira
do que quando parti.
Bjinho Em@!
E obg pela força...
*
ResponderEliminarEm@
,
aplaudo a tua ideia,
porém, não sei se notaste,
eu sou muito indisciplinado,
não sou anti-nada, mas gosto
de viver sem algemas nem amarras,
como poeta pró - anarca que sou.
não é pessoal, aliás, muitos dos
nossos companheiros virtuais o
sabem e continuamos amigos,
nestas estradas, a diversidade,
floreia o nosso caminhar .
,
a verdade em conchinhas, deixo,
,
*
Poetaeusou:
ResponderEliminarestá à vontade. o desafio é para quem o quiser apanhar...aqui ninguém é obrigado/a a nada.
eu sou pela liberdade e será sempre bem-vindo, como já disse num outro comentário.
uma mão cheia de espuma do mar.
estou cansada,
ResponderEliminarnão há casas,
apenas noite,
e o silêncio.
uma réstia de dia,
que abriu as asas,
um beijo,
que fugiu...
LauraAlberto, obrigada.
ResponderEliminarJá lá está,corrente junto aos outros.
beijinho
O vento soprou todas as minhas pegadas,
ResponderEliminarE eu já não encontro o caminho de volta.
Então, choro…
Porque já não me percebo,
Porque já não me gosto,
Porque sinto saudade do que perdi.
E pinto a casa de um azul que já não é o mesmo,
E colho flores que já não têm a mesma vida.
Porque dói cada pedaço de mim que se desfaz
Quando tento alcançar aquilo de que já não me recordo.
Sozinha,
Recolho com as mangas as lágrimas
E colo-as na parede que me resta…
Na esperança de que as vejas,
E chores com elas…
Flávia Teodorico.
Já estava a ver que não aparecia aqui a tua pegada...mas enganei-me e ainda bem.
ResponderEliminarBeijinhos, querida Flávia.
;)
ResponderEliminarJá chego muito atrasado.
ResponderEliminarDesculpe.
distrai-me como as datas...
Fica prá próxima.
Beijoca
Vieira Calado:
ResponderEliminarcomo queira. :)
mas este é outro desafoi, começou ontem.não +e o do dia mundial da poesia.
beijinho
*...desafio
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