Bem-vindo(a) - Bienvenido(a) - Welcome - Willkommen - Benvenuto(a) - Bienvenu(e)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Da Sociedade e Da Educação

"Também disponível em livro"

Felizmente há Luar, de Luís de Sttau Monteiro,
Memorial do Convento, de José Saramago,
Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett,
Os Maias, de Eça de Queirós,
Os Lusíadas, de Luís de Camões,
A mensagem, de Fernando Pessoa.

Sim, confirmei, todas estas obras, que o
currículo preceitua como leitura obrigatória
no Ensino Secundário, foram devidamente
resumidas para uso em telemóvel.

A iniciativa é de um importante grupo
editorial de livros escolares, que, como o
leitor pode constatar se carregar aqui, nos
informa que cada obra está "Também
disponível em livro".

Posted by Helena Damião at 23:31

Nota 1:
Vi , primeiro no Histórico-Filosóficas que me reencaminhou para o De Rerum Natura .
Como o assunto é pertinente e para mim "vergonhoso", peço a maior atenção aos meus leitores para o mesmo e se possível a sua ampliação.
.
Nota 2: A imagem acompanha o post de Helena Damião.

7 comentários:

  1. Eu perante isto só me rio.

    A partir de agora nos testes, faria perguntas que os obrigassem a ler não só o livro mas também a decorar aquilo tudo. Qual resumo qual quê!

    É a progressiva imbecilização das pessoas. Isto tem que se fazer o mais cedo possível... Na idade adulta já não resulta.

    ResponderEliminar
  2. Mas tu já viste bem isto, Elenáro? o que se faz pelo lucro?
    toda a vida houve resumos das obras obrigatórias. mas os alunos tinham que lê-los.
    a leitura é um hábito e/ou um gosto que se adquire e quanto mais cedo, melhor.
    eu que sou uma leitora compulsiva, não consigo passar um dia sem ler que fico mal, tenho pena de ver o que esta gente perde ao não ler livros...estes analfabetos funcionais que as próprias editoras livreiras e ainda por cima de livros escolares fomentam, nem imaginam o que perdem.Estão a ser manobrados e não vêem, e os seus pais também não.
    eu conheci uma senhora, autodidacta, que se instruiu sozinha.lia que se fartava , discutia todos os assuntos e com todos.quem não a conhecesse pensava que tinha grandes estudos e ela nem a 4ª classe tinha, por muita pena dela.pedia livros emprestados, era sócia de bibliotecas, fazia trinta-por-uma-linha para ter livros bons para ler. uma sede de aprender que só visto. e dizia muitas vezes. eu não preciso de sair da minha casa para viajar, para conhecer o mundo, as obras de arte, as ruas, as cidades , os museus. fecho os olhos e já está. vejo tudo.um dia foi a determinado sítio do qual já tinha lido a descrição e voltou muito triste. fui enganada, dizia ela. levaram-me um sítio falso...o que tenho na minha cabeça é que é o verdadeiro.é muito mais bonito e grandioso...
    ...
    que tristeza!

    ResponderEliminar
  3. Como professora, e de Português, acho isto abominável!
    Poucos alunos, muito poucos sentem o gosto pela leitura. Já estou como tu, tudo isto é uma tristeza...

    ResponderEliminar
  4. Trite, triste, Dudú!
    O que perdem estes jovens!E quem fomenta isto devia pagar uma choruda multa! fóoooooooooonix!

    ResponderEliminar
  5. Olá. Ainda é mais arrepiante quando se trata de uma das principais e maiores editoras de Portugal!!

    ResponderEliminar
  6. olá, Sergio!bem-vindo.
    arrepia, não arrepia? eu omiti o facto de também ser professora de língua portuguesa, porque acho que o que está aqui em causa ultrapassa essa minha condição.é uma questão de exercício da nossa cidadania revoltarmo-nos contra isto.porque isto não é mais do que uma acção "terrorista" que visa o aumento do lucro, o vil metal, contra o acto de aprender e continuar a pensar que a leitura nos proporciona.a quem interessa que o povinho pense?que questione? que contradiga? que argumente?....
    e serão estes jovens o nosso futuro. isto aterroriza-me!
    ....
    volta sempre.
    abraço

    ResponderEliminar