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sexta-feira, 5 de março de 2010

Bullying - II


"OS 10 FACTOS MAIS IMPORTANTES ACERCA DO BULLYING"
3 - Qualquer criança pode ser uma vítima.
As crianças são vítimas de bullying devido à sua aparência física, aos seus maneirismos, ou simplesmente porque não se "encaixam".
As crianças portadoras de uma deficiência ou de uma doença crónica são alvos comuns.
Outras vítimas são as crianças cujos pais são demasiado protectores ou dominadores.
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As vítimas podem ser:
- passivas (ansiosas e inseguras)
- provocadoras (irrequietas e facilmente irritáveis)
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As vítimas provocadoras podem vir a tornar-se, futuramente, bullies.
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Há um outro grupo de crianças vítimas de bullying, mas por motivos diferente.São as crianças talentosas ou populares. Comummente apelidadas de "graxistas". O que motiva o bullying é a inveja e provocam-nas no sentido de as levarem a mudar de comportamento e de deixarem de ter sucesso nos estudos.
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As vítimas mais massacradas são menos propensas à resistência e tendem a recompensar os seus agressores, fisicamente, dando-lhes dinheiro ou objectos de valor ou emocionalmente, chorando.
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O que sentem as vítimas:
- a curto prazo : assustam-se, sentem-se solitárias e arranjam maneira de fugir a situações em que possam ser molestadas.
- a longo prazo: há uma baixa de auto-estima e o seu rendimento escolar desce; algumas vítimas começam a acreditar que merecem ser agredidas (tal como na violência doméstica) e outras desenvolvem uma mentalidade de vítima.

As crianças vítimas de bullying apresentam um maior risco de depressão e de suicídio do que os seus pares. Podem ver o suicídio como o único meio de fuga.
Estes tipos de vítima precisam de ajuda de um terapeuta.
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4 - O bullying não é um problema moderno
Este fenómeno não é novo nas escolas.
Já é referenciado no romance inglês Tom Brown's School Days que retrata os anos 50 do séc. XIX.
Ignorar este problema não o fará desaparecer.
Para o erradicar , primeiro é preciso reconhecer-se a sua existência e depois tomarem -se medidas para o prevenir.
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5 - O bullying afecta todos
- As crianças que assistem a actos de bullying têm medo de se manifestar porque fazem espelho da situação.
- As vítimas podem ser rejeitadas pelos colegas como se fossem portadoras de doença.
- Muitas da crianças que assistem a fenómenos de bullying reagem da mesma forma que as vítimas - tentam evitar a situação e chegam a desenvolver sintomas psicossomáticos: dores de cabeça, estômago e outros.
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A ociosidade, o absentismo e a fuga à escolaridade podem ser encorajadas por ambientes de bullying.
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Muitas crianças tendem a culpar as vítimas, porque tal como os adultos, acreditam que as coisas más não acontecem às pessoas boas.
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Nem todas as crianças ignoram os maus tratos infligidos aos seus pares, mas a sua intervenção pode ter um elevado custo, pois podem sofrer represálias.
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6 - O bullying é um problema grave
Os bullies não vêem as outras pessoas enquanto pessoas e não conseguem compreender as consequências das suas próprias acções e justificam-nas muitas vezes como brincadeiras.
"A diferença entre a provocação lúdica, a provocação que magoa, o bullying e o abuso nem sempre é clara. Como muita da dor causada pela agressão é emocional ou social é menos evidente do que a resultante de um corte ou de uma contusão. " Uma vítima pode estar em grande sofrimento sem apresentar uma ferida visível.
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Todos nós sabemos que as palavras podem magoar, daí que os peritos sugiram que se evitem metáforas de violência (murro no estômago, chapada de luva branca por ex) nos actos de comunicação.

"A violência tem sido um problema na nossa cidade desde há muito tempo e nos últimos anos penetrou nas nossas escolas. Algumas escolas chegaram a instalar detectores de metais com a esperança de deter a violência. Mas as armas não são o único problema. Nenhum detector de metais existente à face da Terra pode impedir as pessoas de trazer o medo, os preconceitos e o conflito de regresso às ruas, às três horas da tarde"
Palavras de um aluno de Nova Iorque,
in Waging Peace in Our Schools, de Linda Lantieri e Janet Patti (Boston: Beacon Press, 1996)
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(cont.

6 comentários:

  1. Olá,

    Já tinha lido o texto que ontem me recomendou e acabei de ler com a atenção possível este post que, na minha modestíssima opinião, está muito bem conseguido, não só pela clareza do discurso, como ainda pela objectividade do mesmo. Acredite que acabei de aprender uma série de informação que, de todo, me era completamente estranha.

    E estranha apesar de a minha querida filha mais velha -e agora reconheço a situação- aqui há uns dois anos atrás ter enfrentado um problema semelhante que, apesar de ter imediatamente falado comigo sobre isso e de ter escutado a minha opinião e aconselhamento a esse respeito, acabou por saber resolver sózinha e -sem me querer estar aqui a gabar nem a manifestar vaidade na pessoa daquela minha filha adorada- dentro dos parâmetros da legalidade inerente ao regulamento interno da escola.

    Seja como for, fico curioso perante um aspecto e permita que lhe deixe aqui uma pergunta:
    Há estudos estatísticos que permitam identificar um padrão de idades entre quem sofre estes efeitos e os causadores das sevícias? Serão, em geral, crianças e adolescentes dentro da mesma idade ou, a esse nível, haverá desníveis entre eles?

    Bem, por aqui me fico.

    Votos de um fim-de-semana em paz e cheio de saúde para a gozar.

    Luís F. de A. Gomes

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  2. Excelente este teu trabalho sobre bullying Em@.

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  3. Luís:
    Há estudos estatísticos sim, principalemente nos EUA e Inglaterra onde este fenómeno é mais acutilante. O último seminário que fiz foi há 2 anos. Em Portugal há trabalhos feitos pelo Dr Daniel Sampaio e equipa sobre o "Suicídio na Adolescência" e pouco mais - mas entretanto podem tere surgido outros de que eu bão tenha tido conhecimento.

    - O bullying existe essencialmente nos 3 1ºs ciclos do ensino básico.
    Uma criança pode manifestar comportamentos de bullying logo aos 2 anos.

    Daí que seja essecila a intervenção precoce.

    E há de tudo, há bullies que provocam e molestam crianças da sua idade, como mais novas ou até mais velhas (desde que essas tenham algumas das características que foram focadas). Basta olhar para a constituição de uma turma e da disparidade de idades que muitas vezes há. Ser + velho não quer dizer + forte ou + seguro ou até mesmo inteligente.
    Mas o mais normal são os mais velhos vitimizarem crianças + novas.

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  4. Obrigada, Elenáro.
    Isto não é + do que um resumo do 1º capítulo do livro indicado.
    Eu fiz um powerpoint que uso nos trabalhos que faço com os alunos, EE/Pais e funcionários. Está numa linguagem acessível, mas não sei como o pôr aqui.

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  5. Olá, nesta noite de chuva e clarões no longe

    É só para dizer bem-haja pela atenção da resposta.

    Votos de pas e saúde,

    Luís F. de A. Gomes

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  6. Não tem que agradecer, Luís.
    Não é mais do que a minha obrigação receber bem quem visita o Em@.
    Não deixo ninguém sem resposta. Só se falhar alguma coisa.
    Paz e saúde.

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