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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Da Arte : Memórias


Pina Bausch (27 de Junho de 1940 - 30 de Junho de 2009)

Estudo XX



ecooooo

Descasca a casa da memória
Liberta o sentir primeiro
E cavalga nas asas do vento
Em busca do equilíbrio do tempo
Destino de corpo inteiro.
AC

Reencontros : wallelepoooo! kaaaaaaaa...


Nota:
Carregar na imagem para ler com mais conforto

Bom Dia Com Momentos Abstractos

Pintura de Em@
©

Boa Noite, com Palying For Change


One love!

Da Educação : A palavra a Ana Drago



Quantos foram enganados pelo sorriso da Isabel (Alçada) Vilar????
Eu, definitivamente, não!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Da Memória


O 110º aniversário de Saint-Exupéry foi celebrado pelo Google com este banner.



"Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas".

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante."

"Só se vê com o coração. O Essencial é invisível aos olhos."

"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá,mais se tem."

Antoine de Saint-Exupéry

Nota:
Um livro imprescindível em qualquer época da nossa vida.
Para re-ler, ter e oferecer.

Apeteceu-me

Entrevista do DN ARTES a Luís Diferr

Banda desenhada
Jacques Martin em Portugal pela mão de Luís Diferr
por EURICO DE BARROS 16 Junho 2010


"O autor português assinou o álbum 'Portugal', da série 'As Viagens de Loïs', que é hoje apresentado em Lisboa

Quando era adolescente e lia, "absolutamente estupefacto", as aventuras de Alix desenhadas por Jacques Martin, o português Luís Diferr estava longe de imaginar que um dia, no futuro, ia assinar um álbum de uma série do universo do grande autor da banda desenhada franco-belga. E ver o seu nome na capa, ao lado do do criador de álbuns clássicos como O Último Espartano ou As Legiões Perdidas, e de personagens como Alix, Lefranc, Jhen ou Loïs.

Hoje, no Palácio Beau Séjour (Gabinete de Estudos Olisiponenses), às 18.30, é apresentado o álbum Portugal, o segundo da série As Viagens de Loïs, de Luís Diferr e Jacques Martin, com edição da Asa, que regista a visita ao nosso país da personagem do jovem pintor que vive as suas aventuras na corte de Luís XIV.

O autor português recordou ao DN como tudo começou. "Eu encontrei-me o Jacques Martin no Festival de Banda Desenhada da Amadora em Outubro de 2002, estavam lá também o Rafael Morales, desenhador, e o editor, o Jimmy Van den Hautte. Já conhecia o Martin de um Salão da Sobreda e estive a falar com o Jimmy. Mostrei-lhe o último álbum que fiz, Os Deuses de Altair, e umas fotocópias de outros trabalhos, e ele propôs-me fazer este álbum do Loïs. Na altura não percebi o que era, porque ainda não existia a série, que se passa na época do Luís XIV. Algum tempo depois, o Jimmy mandou-me algumas fotocópias do primeiro álbum, que estava em produção, eu enviei-lhe uma proposta e um desenho de base, que foi o dos Jerónimos, e foi assim que tudo arrancou".

Começaram então seis anos de "trabalho gigantesco", como conta Luís Diferr. "Quando comecei a fazer o álbum tinha um horário completo de professor. Mas quando começou a pesar, tive que pedir uma licença sem vencimento. Foi uma tarefa muito exigente, em termos gráficos como na procura e consulta de documentação. Quando me envolvi neste projecto, nunca me passou pela cabeça o trabalho que iria ter".

Tendo como referente que as histórias de Loïs se passam no reinado de Luís XIV, Diferr situou Portugal "entre meados do século XVII e do século XVIII. É a época de D. João V, que foi um rei absolutista à maneira de Luís XIV".

Diferr fez "tudo" em Portugal, "excepto a introdução, que é do Jacques Martin. Os desenhos são todos meus, bem como as fotos, excepto duas ou três. Ele acompanhava o trabalho que lhe era submetido à apreciação, via os desenhos a lápis, dizia para modificar isto ou aquilo. Depois, eram passados a tinta da china e a seguir iam à cor. Mas pouco tempo depois, ele afastou-se por causa dos problemas de vista de que sofria, e a validação dos desenhos passou a ser feita por um comité da Casterman", conta.

O autor de Alix "era muito exigente" e Diferr teve "alguns problemas, sobretudo por causa da vista dele. O Jacques Martin sabia muito bem o que queria, mas já estava com muita dificuldade em avaliar os desenhos, não os conseguia ver como um todo. Tinha que usar um aparelho que os ampliava aos bocados e depois que os reconstruir na sua cabeça".

O álbum levou a que fosse proposto ao autor luso "uma das personagens do universo do Jacques Martin, o Jhen. Também apresentei algumas propostas à Casterman, mas umas não avançaram e outras estão em espera", revela. "Este álbum vale por si mas também pelas portas que pode abrir, ali ou noutra editora. Espero que alguma coisa se resolva, até porque o mercado franco-belga é muito competitivo, ainda mais para alguém de fora. Mas pronto, a esperança é a última a morrer".

Daqui

Dos Outros : O Livro do Luís Diferr : Portugal

Publicitei na devida altura o lançamento do excelente "Portugal", de Luís Diferr, no dia 16 de Junho deste ano, pela Editora ASA.
Apesar de convidada e de ser amiga e colega do artista em questão,
assim como de sua mulher, motivos de saúde impediram a minha presença no referido lançamento o que me entristeceu.
Contudo, o livro estava comprado e aguardava a oportunidade do imprescindível autografo , o que aconteceu ontem.
Posto - o a seguir à capa do livro e à gravura que acompanhava o mesmo (situação esta excepcional e só reservada a 400 exemplares vendidos pelas lojas da Fnac).
E sendo este um autografo desenhado, torna-se ainda mais valioso. :)

Este livro é uma viagem desenhada aos séculos XVII e XVIII em Portugal. pela arte e o engenho de Luís Diferr, focando, especialmente, a Lisboa anterior ao terramoto de 1755 e alguns dos seus monumentos. Aos desenhos do Luís juntam-se algumas fotografias.
É um bom livro de apresentação histórica, de grande rigor documental e com ilustrações que permitem obter uma reconstituição visual com dimensão realista pelo que recomendo vivamente esta obra.
Pelo exposto poderão avaliar a qualidade do trabalho artístico do Luís.




Nota 1:
Jacques Martin que aparece como co-autor do livro, morreu no decurso da feitura do mesmo, sendo somente da sua autoria a "Introdução".
Nota 2:
Parabéns ao Luís pelo seu trabalho e à Lelé, que não tenho dúvida nenhuma, de que é um dos seus pilares mais fortes.
Beijinhos aos dois e merde, merde, merde, para o sucesso do livro.

As Cores Do Céu Ao Parir O Dia...

Fotografias de Em@
©

Bom dia!

Boa Noite Com As Luzes Da Cidade Grande...

Fotografia de Em@
©

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Intervalo : Vejam e Amem Este Espectáculo...

....enquanto me re-organizo.
.

Bom dia!



Mais logo espero ter boas notícias!
Que consigamos abrir mais uma pequena/grande brecha na barreira que esconde a Violência de Gérero.
Desejo e espero!
Bom dia!

domingo, 27 de junho de 2010

Apeteceu-me: dizer-vos Boa Noite assim...

Fotografia de Em@
©


Voltei.
Amanhã é um dia importante e depois, prometo responder a todos os comentários que ainda não respondi.
Entre um beijo e um abraço escolham.
Podem ficar-se, também, pelo abreijo!
Uma noite descansada e com bons sonhos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Da Educação - Concursos 2010 - Lembrete

Porque pode dar jeito a alguém...

1 -Divulgação das listas provisórias de ordenação e de exclusão e
dos verbetes

2 — As listas provisórias de ordenação e de exclusão encontram -se disponíveis para consulta e impressão na página electrónica da Direcção--Geral dos Recursos Humanos da Educação, em www.dgrhe.min -edu.pt.

3 — Nessa mesma página electrónica, estão disponíveis, para consulta e impressão, na ligação respectiva (link), os verbetes a que os candidatos têmacesso, introduzindo o seu número de candidato e respectiva palavra -chave.

4 — Para efeitos de eventual reclamação, chama -se a atenção doscandidatos para a necessidade de verificação exaustiva de todos os elementos constantes das referidas listas e dos verbetes individuais.

II — Listas provisórias de ordenação

2 — Dentro de cada grupo de recrutamento, bem como dentro de cada prioridade, os candidatos encontram -se ordenados por ordem decrescente da respectiva graduação profissional, incluindo os candidatos a destacamento por condições específicas, que ao contrário do previsto no n.º 3 do capítulo XII do aviso de abertura de concurso, não serão
ordenados por ordem alfabética.

3 — Os docentes que, na aplicação electrónica do Relatório Médico declararam que o documento se destinava a comprovar a permanência da situação de doença ou deficiência, nos termos do n.º 8 do artigo 44.ºdo Decreto -Lei n.º 20/2006, de 31 de Janeiro, na redacção dada peloDecreto -Lei n.º 51/2009, de 27 de Fevereiro, não constam destas listas provisórias de ordenação, mas constarão das listas de permanência da situação de doença ou deficiência.

V — Reclamação electrónica

1 — Nos termos do n.º 2 do artigo 18.º do Decreto -Lei n.º 20/2006,de 31 de Janeiro, na redacção dada pelo Decreto -Lei n.º 51/2009, de 27 de Fevereiro, dos elementos constantes das listas provisórias, bem como da transposição informática dos elementos que o candidato registou no seu formulário de candidatura, expressos nos verbetes, cabe reclamação, no prazo de cinco dias úteis a contar do dia imediato ao da publicitação das listas.

7 — A aplicação da reclamação electrónica dispõe de quatro opções,podendo os candidatos seleccionar uma ou mais:

a) Reclamar/corrigir dados da candidatura/desistência parcial da candidatura;
b) Reclamar da validação efectuada pela entidade de validação;
c) Denúncia;
d) Desistência total da candidatura.

10 — Alertam -se os candidatos para a necessidade de apresentar reclamação de qualquer campo que tenha sido, por lapso, indevidamente validado (Agrupamento de Escolas/Escolas não Agrupadas/Escola Móvel/DGRHE). As candidaturas com campos incorrectamente validados,que impliquem a invalidação das mesmas, e que não tenham sido objecto de reclamação, serão excluídas da lista definitiva.

11 — O candidato terá uma única possibilidade de submeter a reclamação electrónica. Após este processo, a aplicação da reclamação ficar -lhe -á vedada.

12 — Todos os elementos constantes da candidatura, após submissão da reclamação, são da exclusiva responsabilidade do candidato.

Nota:
Com os agradecimentos ao SPLIU

Da Educação - Concursos 2010 - Lista Provisória

Registo/Inscrição
Se ainda não possui número de utilizador, faça o seu registo aqui.

Teste Recomendado
Verifique o seu número de utilizador e palavra-chave.
3Maio2010

Aperfeiçoamento da Candidatura Electrónica

Disponível até às 18 horas de 6 de Maio de 2010
26Abril2010

Relatório Médico e Upload de Documentos

Permanência da situação de doença ou deficiência e Destacamento por Condições Específicas (DCE)-(actualizado em 29/04/2010)
12Abril2010

Aceda à Candidatura 2010 – Contratados e DCE

Aqui

Listas provisórias de Contratação
Listas provisórias de Destacamento por Condições Específicas (DCE)

Apeteceu-me!



Porque preciso de força anímica!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A máscara

Pintura de Em@
©

Bom Dia!

Fotografia de Em@
©

Apeteceu-me



Arrepiem-se!
Deixem que a vossa alma seja tão abanada quanto a minha!

Mi niña Lola
Dime porque tienes ca
rita de pena
Que tiene mi niña siendo santa y buena
Cuéntale a tu padre lo que a ti te pasa
Dime lo que tienes reina de mi casa

Tu madre la pobre no se donde esta
Dime lo que tienes, dime lo que tienes
Dime lo que tienes, dime la verdad

Mi niña lola, mi niña lola
Ya no tiene la carita del color de la amapola
Mi niña lola, mi niña lola
Ya no tiene la carita del color de la amapola


Tu no me ocultes tu pena
Pena de tu corazón
Cuéntame tu amargura
Pa consolártela yo

Mi niña lola, mi niña lola
Se le ha puesto la carita del color de la amapola
Mi niña lola, mi niña lola
Se le ha puesto la carita del color de la amapola

Siempre que te miro mi niña bonita
Le rezo a la virgen que esta en la ermita
Cuéntale a tu padre lo que te ha pasao
Dime si algún hombre a ti te ha engañao
Niña de mi alma no me llores mas
Dime lo que tienes, dime lo que tienes
Dime lo que tienes, dime la verdad

Mi niña lola, mi niña lola
Mientras que viva tu padre no estas en el mundo sola
Mi niña lola, mi niña lola
Mientras que viva tu padre no estas en el mundo sola
Mi niña lola, mi niña lola
Mientras que viva tu padre no estas en el mundo sola
Mi niña lola, mi niña lola
Mientras que viva tu padre no estas en el mundo sola

As Palavras De José Luís Peixoto sobre as Intermitências da Morte, no Jornal de Letras

Testemunho sobre José Saramago

Todas as palavras

José Luís Peixoto escreve sobre o Nobel, a propósito de As Intermitências da Morte, na edição JL 915, de 26 de Outubro de 2005

A obra de Saramago não precisa das minhas palavras. Os seus livros, imperturbáveis perante todas as vozes exteriores, continuarão sempre a ser espaços onde a história que a humanidade tem conseguido construir continuará a ser revisitada sob o ponto de vista das suas mais diversas regras, lógicas e ilógicas. Nos seus romances, o mundo continuará a ser o espelho apontado à própria humanidade, como se o criador fosse caracte-rizado pela sua obra, da mesma maneira que o escritor deverá, ou deveria, ser caracterizado apenas por aquilo que escreve.
À margem de todas as palavras, Memorial do Convento será sempre um romance histórico inovador no contexto da literatura mundial; O Ano da Morte de Ricardo Reis será sempre um labirinto construído sobre outro labirinto, a forma brilhante, brilhante, como acção se aproxima de um tempo real, a consolidação do autoritarismo em Portugal, alimentando-se da própria acção, a heteronímia; A Jangada de Pedra ou Ensaio sobre a Cegueira continuarão sempre a ser dois dos enredos mais bem imaginados da literatura portuguesa; nas páginas de Evangelho Segundo Jesus Cristo nunca se apagará a descrição detalhada da morte dos mártires, nos primeiros anos do cristianismo.
Eu ou qualquer outra pessoa poderá dizer o que quiser, mas os livros continuam. Nas páginas de Saramago, a vontade e a esperança da humanidade continuarão a ser confrontadas com o peso, tantas vezes esmagador, dessa História que se escreve com maiúscula. A ironia precisa e o mi-nucioso trabalho da linguagem continuarão. O confronto entre o imaginário puro e o realismo continuarão. Totalmente indiferentes aos elogios e a todas as críticas, os livros, imperturbáveis, continuam sempre.

Nota:
Partilhado pelo José Luís Peixoto, na sexta-feira, dia 20 de Junho de 2010, pelas 15:02

domingo, 20 de junho de 2010

Virar para dentro

Pintura de Em@
©

Pintura de Em@
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As Palavra de José Saramago (16 de Novembro de 1922 - 18 de Junho de 2010)

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Porque precisamos de nos levantarmos do chão! Com urgência!
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"Estes homens e estas mulheres nasceram para trabalhar, são gado inteiro ou gado rachado, saem ou tiram-nos das barrigas das mães, põem-nos a crescer de qualquer maneira, tanto faz, preciso é que venham a ter força e destreza de mãos, mesmo que para um gesto só, que importância tem se em poucos anos ficarem pesados e hirtos, são cepos ambulantes que quando chegam ao trabalho a si próprios se sacodem e da rigidez do corpo fazem sair dois braços e duas pernas que vão e vêm, por aqui se vê a que ponto chegaram as bondades e a competência do Criador, obrando tão perfeitos instrumentos de cava e ceifa, de monda e serventia geral.
Tendo nascido para trabalhar, seria uma contradição abusarem do descanso. A melhor máquina é sempre a mais capaz de trabalho contínuo, lubrificada que baste para não emperrar, alimentada sem excesso, e se possível no limite económico da simples manutenção, mas sobretudo de substituição fácil, se avariada está, velha outra, os depósitos desta sucata chamam-se cemitérios, ou então senta-se a máquina nos portais, toda ela ferrujosa e gemente, a ver passar coisa nenhuma, olhando apenas as mãos tristíssimas, quem me viu e quem me vê. No geral do latifúndio, os homens e as mulheres têm seu tempo regateado de vida, espanta-se a gente de como alguns vão a velhos, e muito mais quando, passando, encontramos um que à vista é ancião e ouvimos dizer que tem quarenta anos, ou esta mulher murcha e com a face encorreada, ainda não fez trinta, afinal viver no campo não dá vida acrescentada, são invenções da cidade, é como aquele regradíssimo ditado, Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer, tinha graça vê-los aqui com a mão no cabo da enxada e os olhos no horizonte à espera do sol ou derreados das cruzes ansiando por um anoitecer que nunca mais chega, o sol é um desgraçado, cheio de pressa de sair e com tão pouca de se apagar. Como os homens."


José Saramago in "Levantado do Chão"

As Palavras de José Saramago I


“Que atire a primeira pedra quem não tenha manchas de imigração
na sua árvore genealógica... assim como na fábula do lobo mau que
acusava o inocente cordeiro de escurecer a água do riacho de onde
ambos bebiam. Se tu não emigraste emigrou o teu pai, e se o teu
pai não necessitou de mudar de sítio foi porque o teu avô antes não
teve outro remédio se não ir, carregando a casa às costas, em busca
da comida que a sua própria terra lhe negava. Muitos portugueses (e
quantos espanhóis) morreram afogados no rio Bidasoa quando, pela
noite escura, tentavam alcançar a nado a outra margem, onde se dizia
começar o paraíso de França. Centenas de milhares de portugueses
(e quantos espanhóis) tiveram que se introduzir na culta e civilizada
Europa, para lá dos Pirenéus, em condições de trabalho infames e
salários indignos. Os que conseguiram suportar a violência de sempre
e as novas privações, os sobreviventes, desorientados no meio de uma
sociedade que os desprezava e humilhava, perdidos em idiomas que
não podiam entender, foram pouco a pouco construindo, com uma
renúncia e um sacrifício quase heróico, moeda a moeda, cêntimo a
cêntimo, a fortuna dos seus descendentes. Alguns desses homens,
algumas dessas mulheres, não perderam, e não quiseram perder, a
memória do tempo em que padeceram de todos os vexames do trabalho
mal remunerado e de todas as amarguras do isolamento social. Que
honestos agradecimentos lhe sejam dados por conservar o respeito
que deviam ao seu passado. Muitos outros, a maioria, cortaram as
pontes que os uniam àquelas horas sombrias, envergonharam-se de
terem sido ignorantes, pobres, e por vezes miseráveis, comportaram-se
como se a vida decente só tivesse verdadeiramente começado quando,
por fim e num felicíssimo dia, puderam comprar o seu próprio
automóvel. Esses serão os que estarão dispostos a tratar com idêntica
crueldade e idêntico desprezo os imigrantes que atravessam esse outro
Bidasoa, mais largo e mais fundo que é o Estreito de Gibraltar, onde os
afogados abundam e servem de pasto aos peixes, se as marés e o vento
não preferirem empurrá-los para a praia até que a guarda-civil apareça
e os leve. Aos sobreviventes dos novos naufrágios, aos que puseram
os pés em terra e não foram expulsos, espera-os o eterno calvário da
exploração, da intolerância, do racismo, do ódio à pele, da suspeita, do
envelhecimento moral. Aquele que antes foi explorado e que perdeu
a memória de o ter sido acabará explorando outro. Aquele que antes
foi explorado e finge ter-se esquecido refinará a sua própria capacidade
de desprezar. Aquele a quem ontem humilharam humilhará hoje com
mais rancor. E ei-los aqui, todos juntos, atirando pedras a quem chega
a esta margem do Bidasoa como se eles nunca tivessem emigrado, ou
os seus pais ou os seus avós, como se nunca tivessem sofrido de fome
e de desespero, angústia e de medo. Na verdade, há maneiras de ser
felizes que são simplesmente odiosas.”

José Saramago, prólogo do livro Moros en la Costa de Juan José Téllez

Boa Tarde Com Os Cheiros Do Meu Jardim Junto Ao Céu...

Fotografias de Em@
©

sábado, 19 de junho de 2010

José Luis Peixoto recorda José Saramago



O José Luís Peixoto é, também, uma das minhas paixões na literatura (tenho muitas, aviso já!)

Apeteceu-me dizer, assim, Boa noite!

Os meus olhos

Dactiloscrito d’O Ano da Morte de Ricardo Reis

Fonte: Biblioteca Nacional

Nota 1:
Muitos thankiús ao Arrastão.
Nota 2:
Clicar em cima da imagem para ampliar.

Momentos

Pintura de Em@
(lápis aguareláveis e aguarela)
©

R.I.P.

Fotografia de Em@
©
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"Na vida tem cada um sua fábrica, estes ficam aqui a levantar paredes, nós vamos a tecer vimes, arames e ferros e também a recolher vontades, para que com tudo junto nos levantemos, que os homens são anjos nascidos sem asas, é o que há de mais bonito, nascer sem asas e fazê-las crescer, isso mesmo fizemos com o cérebro, se a ele fizemos a elas faremos"

José Saramago

(in, Saramago, Memorial do Convento,pg 137)

Apeteceu-me: dizer-vos Boa Noite assim...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Comunicado da Fundação José Saramago

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Daqui
Thanls, Dr Shue

In Memoriam: José Saramago

fotografia de Daniel Mordzinski

"Um texto recente, publicado em O Caderno (Caminho/Fundação José Saramago, 2009, pg.33):

BIOGRAFIAS

Creio que todas as palavras que vamos pronunciando, todos os movimentos e gestos, concluídos ou somente esboçados, que vamos fazendo, cada um deles e todos juntos, podem ser entendidos como peças soltas de uma autobiografia não intencional que, embora involuntária, ou por isso mesmo, não seria menos sincera e veraz que o mais minucioso dos relatos de uma vida passada à escrita e ao papel. Esta convicção de que tudo quanto dizemos e fazemos ao longo do tempo, mesmo parecendo desprovido de significado e importância, é, e não pode impedir-se de o ser, expressão biográfica, levou-me a sugerir um dia, com mais seriedade do que à primeira vista possa parecer, que todos os seres humanos deveriam deixar relatadas por escrito as suas vidas, e que esses milhares de milhões de volumes, quando começassem a não caber na Terra, seriam levados para a Lua. Isto significaria que a grande, a enorme, a gigantesca, a desmesurada, a imensa biblioteca do existir humano teria de ser dividida, primeiro, em duas partes, e logo, com o decorrer do tempo, em três, em quatro, ou mesmo em nove, na suposição de que nos oito restantes planetas do sistema solar, houvesse condições de ambiente tão benévolas que respeitassem a fragilidade do papel. Imagino que os relatos daquelas muitas vidas que, por serem simples e modestas, coubessem em apenas meia dúzia de folhas, ou ainda menos, seriam despachados para Plutão, o mais distante dos filhos do Sol, aonde de certeza raramente quereriam viajar os investigadores.

Decerto se levantariam problemas e dúvidas na hora de estabelecer e definir os critérios de composição das ditas “biobliotecas”. Seria indiscutível, por exemplo, que obras como os diários de Amiel, de Kafka ou de Virginia Woolf, a biografia de Samuel Johnson, a autobiografia de Cellini, as memórias de Casanova ou as confissões de Rousseau, a par de tantas outras de importância humana e literária semelhante, deveriam permanecer no planeta onde haviam sido escritas para que fossem testemunho da passagem por este mundo de homens e mulheres que, pelas boas ou más razões do que tinham vivido, deixaram um sinal, uma presença, uma influência que, tendo perdurado até hoje, continuarão a deixar marcadas as gerações vindouras. Os problemas surgiriam quando sobre a escolha do que deveria ficar ou enviar ao espaço exterior começassem a reflectir-se as inevitáveis valorações subjectivas, os preconceitos, os medos, os rancores antigos ou recentes, os perdões impossíveis, as justificações tardias, tudo o que na vida é assombração, desespero e agonia, enfim, a natureza humana. Creio que, afinal, o melhor será deixar as coisas como estão. Como a maior parte da melhores ideias, também esta minha é impraticável. Paciência."

Notícia no Público, Diário de Notícias, i, Jornal de Notícias, Sol, El País, El Mundo e New York Times.

Retirado daqui
Nota:
Obrigada, Idalino Moura.

In Memoriam: José Saramago

José Saramago, 87 Anos from Fundação Jose Saramago on Vimeo.

Na comemoração do 87.º Aniversário de José Saramago, amigos e leitores lêem excertos dos seus livros. Para quem não pode ler, pode sempre ouvir...

Mais uma vez, obrigada, IM.

In Memoriam: José Saramago

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"Nos tempos que correm, de fusões Sócrates – Coelho, de Berlim - Paris, é preciso e urgente, sabermo-nos levantar do chão e talvez mais…"
Idalino Moura

(Subscrevo e assino por baixo.)

JOSÉ SARAMAGO: LEVANTADO DO CHÃO
Duarte Faria
Colóquio-Letras, nº 61, Maio de 1981
pp. 79-80

Romance bem delimitado no tempo e no espaço: entre 1910 e 1974, entre duas revoluções, no Alentejo. Uma família estabelece a ligação, do avô à bisneta atravessando a experiência histórica de uma decepção a uma esperança. Não se trata de um documentário nem de uma crónica entremeada de laivos ficcionais mas de uma obra romanesca em que a criatividade embebe o acontecimento e a ideia numa bem realizada ambiência estética.
Ao longo da narrativa predomina a figura do ser humano vergado para a terra, condicionado por um Poder obscuro que lhe dita o horário, a alimentação, a casa, que, o leva de terra em terra ou de cadeia em cadeia. Poder emanado do latifúndio ou concentrando-se objectivamente no latifúndio, este ganha, de qualquer modo, uma dimensão fantasmática de ancestral recalcamento, próximo e longínquo, objecto de desejo e rancor, imagem da enormidade e agente da fome. O latifúndio assume forma de Poder - «O latifúndio ordena a capatazes» - ou forma de espaço contendo ambiguamente toda a espécie de vida e morte - «O latifúndio é um mar interior. Tem os seus cardumes de peixe miúdo e comestível [...] e também grandes anéis serpentinos de estrangulação» De tal maneira que quando, um dia, o homem levanta o corpo e a condição, o latifúndio lá continua a insinuar-se ao desejo de possessão numa imediata distribuição de Poder. Este o drama vivido colectivamente num livro que é, antes de tudo, uma obra muito bem conseguida de literatura.
Em fragmentos que se vão sucedendo à maneira de contos interligados, perpassa, frente ao constante pano de fundo do latifúndio, um núcleo idêntico de elementos com carácter bipolar: família e terra. Entre o homem e a matéria, matéria/ solo, opera-se uma união que a própria História explica como condição de mútua significação. A terra dura da superfície, sem a dimensão telúrica porque está apenas em causa a sua crosta onde se inscreve o dia-a-dia do homem, também sem a dimensão lírica ou bucólica porque essa é objecto de suspeita de alienação face à violência dos dados vividos. Como se vê estamos longe, apesar de tudo, de A Planície Heróica de Manuel Ribeiro. A crosta da terra pode transformar-se, é certo, mas por um outro género de agressividade: a chuva persistente que encharca e toma a terra um obstáculo às caminhadas.
A grande realidade que envolve, e quase diria também encharca, a vida do ser humano é o trabalho; o diário confronto com o solo alheio. A alternativa é uma outra realidade, de ordem política, a repressão policial, interrompendo a primeira para me1hor mostrar a Força superior e vigilante, reforçando uma consequência comum, a subjugação. Ao núcleo central família/terra sobrepõe-se, assim, o binómio trabalho/repressão ou campo/cadeia, dramatizando-o mais violentamente. Por isto mesmo, a escrita deste romance desenrola-se, em geral, de forma tensa, numa linguagem sólida, numa situação em transe, acontecendo, por vezes, que a tonalidade de acto crispado se quebra, derramando-se, então, a reflexão especulativa, amarga e patética. Neste caso, apesar da hábil utilização de processos notada predominantemente, o controlo de escrita romanesca esvai-se, sobrepondo-se a premência ideológica ao rigor estético e funcionando a aludida expressão «Abril, falas mil» não apenas como libertação da fala mas também como exibição da fala.
Se só por si esta história não segue uma ordem linear e rígida no encadeamento dos acontecimentos, mais evidente isso se torna com a recorrência de evocações remotas que impõem ao presente quotidiano um prolongamento indefinido até ao feudalismo medieval, quer por nomes senhoriais valendo por si próprios em lugar da presença física, quer por costumes ou episódios que, ao intrometer-se na realidade presente, denunciam mais vivamente a condição ancestral do trabalhador submisso. Outra incidência no binómio que funciona como constante da história, trabalho/repressão, é a introdução de breves momentos festivos, a boda ou o nascimento de um filho. Esta incidência não tem. O carácter de aprofundamento no tempo mas, pelo contrário, de realce da excessiva efemeridade dos intervalos, tanto mais que, mesmo aí, o horizonte do trabalho acena sempre à maneira de espectro do dia seguinte. Este complexo de constantes e variantes faz-se, aliás, segundo o paradigma das próprias searas: «A história das searas repete-se com notável constância mas tem variantes.» De acordo com isso mesmo, a variação do ritmo, que alterna, por vezes, a tensão e o sobressalto com a distensão mais lenta e mais débil da explanação de ideias.
Este romance de José Saramago consegue combinar a visão de uma realidade à superfície, na sua envolvência, na sua materialidade, na sua opacidade, com uma ductilidade de escrita que produz nessa mesma realidade ressonâncias mais vastas. Daí que a delimitação cronológica e os limites aparentemente estreitos da problemática se dilatem numa proporção e numa densidade que são a de uma condição humana à procura da plena identidade dentro da dignidade do próprio trabalho."

Nota:
Muitos thankiús, Idalino Moura

In Memoriam: José Saramago

Caim, de José Saramago



A Jangada de Pedra - Trailler - Filme de George Sluizer



Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness) - trailer legendado em português



Nota:
Muitos thankiús ao Donatien por mos lembrar.

Morreu José Saramago! In Memoriam

Na minha opinião um dos maiores ficcionistas da actualidade.
Estou triste e de luto!
R.I.P


Reuters

"José de Sousa Saramago, falecido hoje aos 87 anos, nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho da Golegã, a 16 de novembro de 1922, embora esteja registado como tendo nascido a 18, mas antes de fazer três anos mudou-se para Lisboa com os pais.

Foi ao inscrever-se na escola primária, na capital, que se descobriu que o funcionário do registo tinha acrescentado na sua certidão de nascimento a alcunha da família, Saramago, como sendo apelido, o que tornou o escritor no primeiro Saramago da família Meirinho Sousa.

"Após fazer os estudos secundários em Lisboa, que por dificuldades financeiras não prosseguiu, José Saramago começou a trabalhar como serralheiro mecânico e exerceu ainda as profissões de desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor e tradutor, tendo colaborado também como crítico literário na revista Seara Nova e como comentador político no Diário de Lisboa (1972-73) e sido diretor do Diário de Notícias (1975)."

Membro da primeira direção da Associação Portuguesa de Escritores e presidente da assembleia geral da Sociedade Portuguesa de Autores entre 1985-1994, José Saramago, viveu, a partir de 1976, exclusivamente do seu trabalho literário, primeiro enquanto tradutor e depois enquanto autor.

O seu primeiro livro, o romance "Terra do Pecado", saiu em 1947, tendo José Saramago estado depois sem publicar até 1966, quando regressou com "Os Poemas Possíveis", a que se seguiram, já na década de 70, "Provavelmente Alegria" (1970), "Deste Mundo e do Outro" (1971), "A Bagagem do Viajante" (1973), "O Ano de 1993" (1975), "Manual de Pintura e Caligrafia" (1977), "Objecto Quase" (1978) e "A Noite" (teatro, 1979), entre outros.

Já nos anos 80 chegaram às livrarias "Levantado do Chão" (1980), "Que farei com este Livro?" (teatro, 1980), "Viagem a Portugal" (1981), "Memorial do Convento" (1982), "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984), "A Jangada de Pedra" (1986), "A Segunda Vida de Francisco de Assis" (1987) e "História do Cerco de Lisboa" (1989).

O polémico Evangelho

"O Evangelho Segundo Jesus Cristo", o romance mais polémico do autor, saiu em 1991 e dois anos depois surgia a peça de teatro "In Nomine Dei", após o que tinha início a publicação dos "Cadernos de Lanzarote" (1994, diário I, e 1995, diário II), reflexo da mudança de Saramago para aquela ilha do arquipélago das Canárias.

O aplaudido "Ensaio sobre a Cegueira" foi dado à estampa em 1995, a ele se seguindo mais dois volumes dos "Cadernos de Lanzarote", em 1996 e 1997, e o novo romance "Todos os Nomes", editado também em 1997, um ano antes do quinto volume dos "Cadernos de Lanzarote".

Após a atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 1998, a Fundação Círculo de Leitores instituiu um galardão literário bienal com o nome de José Saramago e a expetativa em torno de um novo trabalho do autor aumentou, até que, no ano 2000, chegou às livrarias "A Caverna", a que se seguiu "O Homem Duplicado" (2002).

O "Ensaio Sobre a Lucidez", publicado em 2004, foi apresentado pelo próprio escritor em entrevista à Lusa como "uma fábula, uma sátira e uma tragédia" e causou controvérsia por preconizar o recurso ao voto em branco como sinal de desagrado dos eleitores perante o Governo.

Aquando do lançamento deste título, José Saramago criticou duramente a democracia portuguesa por, na sua opinião, os governos serem "comissários políticos do poder económico" e mostrou-se contra o monopólio dos média.

No ano seguinte, o escritor publicou a peça de teatro "Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido", escrita como fundamento dramático para o libreto de uma ópera de Azio Corghi, compositor italiano que no final da década de 1980 criara a ópera "Blimunda", inspirada na personagem homónima do romance "O Memorial do Convento", voltando a recorrer aos textos do Nobel da Literatura para outras óperas e para cantatas ao longo dos anos 1990.

Em 2005, o escritor - que dizia não ser pessimista, "o mundo é que é péssimo" - lançou também um novo romance, "As Intermitências da Morte", que apresentou como "uma reflexão filosófica sobre a vida" e onde coloca questões como: "Quais as implicações de uma vida mais longa? Quanto tempo passaria a durar a velhice? Em que se tornaria o corpo humano?", "Como se pagariam então as reformas, problema que já agora se coloca?".

Traduções e prémios em todo o mundo

A vasta obra do escritor português encontra-se editada em mais de trinta países, entre os quais Dinamarca, Suécia, Finlândia, Hungria, Rússia, Turquia, Albânia, Eslovénia, Sérvia, Roménia, Macedónia, Síria, Israel, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, México, Colômbia, Argentina e EUA.

As ficções de José Saramago valeram-lhe o Prémio da Associação de Críticos Portugueses (para "A Noite", em 1979), Prémio Cidade de Lisboa (por "Levantado do Chão", de 1980), Prémio Literário Município de Lisboa ("Memorial do Convento", 1982) e o PEN Clube para "Memorial do Convento" (1982) e "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984).

Este último livro valeu-lhe ainda o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos (1985), o Prémio Dom Diniz (1986), o galardão italiano Grinzane-Cavour (1987) e o Prémio de Ficção Estrangeira do jornal The Independent (1993).

"O Evangelho Segundo Jesus Cristo" recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 1992, no mesmo ano em que "Levantado do Chão" foi galardoado em Itália com o Prémio Internacional Ennio Flaiano, enquanto "In Nomine Dei" venceu, em 1993, o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores.

Pelo conjunto da sua obra, Saramago foi ainda distinguido com o Prémio Internacional Literário Mondello e o Prémio Literário Brancatti (ambos em 1992), Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1993), Prémio Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e Prémio Camões (os dois em 1995) e Prémio Nacional de Narrativa Città di Penne, Prémio Europeu de Comunicação Jordi Xifra Heras e Prémio Nobel da Literatura (os três em 1998).

José Saramago acumulou ainda doutoramentos Honoris Causa pelas universidades de Évora (Portugal), Turim (Itália), Sevilha e Castilla-La-Macha (Espanha), Brasília (Brasil) e Manchester (Inglaterra), foi membro Honoris Causa do Conselho do Instituto de Filosofia do Direito e de Estudos Histórico-Políticos da Universidade de Pisa (Itália), membro da Academia Universal das Culturas (Paris) e do Parlamento Internacional de Escritores (Estrasburgo) e membro correspondente da Academia Argentina das Letras, além de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago de Espada e Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras Francesas.

Criador de um universo muito próprio, por vezes alojado entre o real e o fantástico, Saramago acreditava, à semelhança de Laurence Sterne, que talvez intercetasse pensamentos que os céus destinavam a outros homens.
Lusa
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Daqui

Estudo XIX

Zebras À Solta

Toda a gente que me conhece, ou que me lê desde o início do blog(ue), sabe da minha paixão pelas zebras.
Há dias, poucos, ao visitar A Matriz dos Sonhos tocou-me, de modo especial, o poema da Gisela Rosa a este belíssimo animal, assim como a fotografia que o ilustrava.
Andei a digerir os dois e não resisti a fazer umas zebras, do meu jeito, a lápis aguareláveis e inspiradas em fotografias.
Menina Flávia, podes abrir um sorriso de orelha a orelha , não te importes com o aparelho que é bonito e dos modernos!
:P

Pinturas de Em@
©

Bom Dia, Com A Beleza De Uma Flor A Abrir...

Fotografia de Em@
©

Um botão de gerânio do meu jardim junto ao céu.
Bom dia!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Apeteceu-me dizer, assim, Boa noite!

Visitas ao Em@ : 46 060

Fotografia de Anabela Magalhães


Ai...ai...estou em falta ao que prometi a mim mesma... comemorar de 5000 em 5000 as visitas aqui ao meu bloguito.
Esqueci-me, pront(us), é melhor assumir já!
Só depois de ter sido chamada à atenção (obrigada, Ana) é que reparei que já o deveria ter feito três vezes com esta incluída.
Sendo assim, agradeço a todos os leitores, aos comentadores e amigos, todo o carinho e gentileza que têm deixado nos vossos rastos com pegada. Este blog(ue) nasceu no dia 19 de Outubro de 2009. De um parto difícil , porque lento, assistido de longe e virtualmente pela Anabela Magalhães. E ela tinha razão, tem-me dado um gosto manter e alimentar este espaço de catarse!
E, reparei também agora que estão registados 161 seguidores.Muitos thakiús a todos, aos que se registaram e aos outros que visitam e lêem só.
Entre um abraço e um beijo escolham. Podem, ainda, ficar-se pelo abreijo (abraço+beijo)


Honras à vida!
Minha, vossa e do Em@.

Tchim...tchim!



Requintes da Natureza

Fotografia de Em@
©

Bom Dia, Com Flores Do Meu Jardim Junto Ao Céu!

Fotografia de Em@
©

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Apeteceu-me

Estudo XVIII



Nota:
"desconseguir" termo do angolano, o mesmo que não conseguir.

Citação

.
"Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio-me de vocês por serem todos iguais."
Bob Marley


Nota:
Obrigada Leonídia Marinho

Apeteceu-me...Lhasa De Sela e o resto...

Kianda

Pintura de Em@
©
(lápis aguareláveis)

Nota:
Em Angola existe a crença convicta da existência de sereias, sendo estas dotadas de poderes sobrenaturais.
Em Kimbundo (um dos dialectos angolanos), kianda significa sereia (no singular), no plural diz-se ianda. Acredita-se pois, que qualquer meio aquático tenha uma sereia, seja este rio, lagoa, charco ou cacimba. E a kianda toma o seu nome, porque de certa forma, ela é a encarnação desse próprio meio aquático.

Bom Dia Com Um Dos Meus Cactos!


Fotografia de Em@
©

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Homenagem À Arte de Álvaro Cunhal




5 anos após a sua morte, aqui fica algum do seu legado artístico feito na prisão (cadeia de Peniche).
Mais desenhos disponíveis: aqui.

Os Meus Presentes Virtuais

Da Dudú, minha amiga, companheira de luta(s) e tão chicoronha como eu, que me ofereceu algumas vistas no nosso Kimbo, do nosso chão, para além de um poema lindíssimo...

Parabéns Em@

Saber-te da mesma raiz, é comungar do mesmo chão, é partilhar a mesma leitura do tecto que ainda trazemos, nos nossos pensamentos.

maria eduarda


Da minha amiga e companheira de luta(s), Anabela Magalhães ,também minha madrinha bloguista e uma das responsáveis pelo parto do Em@...


Jacarandás da Manifestação de Maio - Lisboa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Parabéns, Em@!

Com jacarandás fotografados a torto e a direito pela cidade de Lisboa, no passado mês de Maio, em dia de manifestação.
Porque temos de nos fazer ouvir, não é assim Em@?
Pois é!

Por isso aqui te deixo os parabéns, com flores escolhidas, e colhidas, propositadamente para ti!
Em dia de manif... hehehe...

Muaaaaaaaaaaah!

Da minha querida AB, recebi uma das suas maravilhosas fotografias.

Fotografia de Aida Beirão
©

Da minha amiga tribal, quase irmã, Graça Arrimar, um dos seus poemas:

O amanhã

Olha as estrelas...
cada ponto de luz
veste o coração
de fantasia.
olha o espaço...
misterioso
e infinito
derrama esperança.
Olha os outros...
são ondas
de experiência
em cada um.
Olha para ti...
com a expressão
livre
do ar soprando.
Olha o futuro...
acordando os dias
com mãos
de fada.

(Graça Arrimar, "Viagens de sal e de mel")


Da minha amiga, Andrea Godoy, recebi esta rosa , virtual, do jardim de sua mãe:



Um beijo no coração de vocês todas, assim como daqueles que deixaram, expressa em comentários, a sua lembrança e carinho.