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sábado, 19 de junho de 2010

Momentos

Pintura de Em@
(lápis aguareláveis e aguarela)
©

4 comentários:

  1. Dar-te-ei o tempo que quiseres dos meus dedos
    só para colorir os teus mais íntimos segredos
    com os momentos em que nos deixaremos voar.

    Há fogo no céu das nossas almas!
    Mas a carne não arde, antes se encharca
    no polen que brota das nossas asas.


    Olá,

    Gosto desta pintura que de repente lembra os momentos em que ficamos olhando, só por olhar para o que está.

    Um fim-de-semana em paz e com saúde, é o meu maior desejo para si

    Luís F. de A. Gomes

    PS

    A morte sempre mereceu respeito, ainda mais para quem tem por aceite que um dia terá que Lhe prestar contas pelo que fez aqui na Terra.

    O José Saramago -apesar de não lhe apreciar a escrita- foi um bom escritor que manuseou as técnicas da narrativa com brilho e mestria e criou um espaço próprio e reconhecível em que consolidou uma obra singular. Ainda que tenha achado certas temáticas anacrónicas e cínicas -ele falava muito contra o cinismo- com no caso do "Em Nome de Deus" ou meramente oportunistas, como no "Evangelho..." e muito embora tenha para mim que o tratamento que deu às ideias era em muitos casos pobrezinho, para não dizer banal, por ter encontrado a tal linguagem própria tiro-lhe o chapéu e dou-lhe o mérito que se deve atribuir a uma pena única que dessa forma se alinha entre os grandes.

    Mas não podemos esquecer o homem e quando se diz agora que ele era um provocador de ideias, apenas sou capaz de recordar que o mesmo despediu trabalhadores de um jornal por motivos ideológicos e para aqueles que perante isso argumentam -desculpabilizam, digo eu- que tudo se tratou do efeito dos tempos de uma revolução em curso, então simplesmente direi que o carácter de cada um não depende dos sinais dos tempos ou, se o preferirmos, é justamente nos tempos difíceis em que melhor poderemos avaliar o carácter de cada um -que eu saiba, ele não estava propriamente dito em um,a situação concentracionária e totalitária em que todos e cada um apenas das suas artimanhas estariam dependentes. Neste sentido, houvesse espaço e tempo e o homem teria sido, em tons de vermelho, algo de semelhante a um Goebbels. Esquecê-lo, é desrespeitar a memória daqueles que por acção dele ficaram um dia sem o ganha pão, apenas por pensarem de maneira diferente.
    Por isto, para ele, apenas posso pedir o perdão junto Dele. Haja paz para a sua alma.

    E pronto, terei que partir, mas com a esperança de volta.

    Hasta luego

    Luís F. de A. Gomes

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  2. Luís, olá!
    obrigada por gostar da minha pintura e pelo poema com que faz a introdução da sua opinião.
    ...
    quanto ao J. Saramago, eu respeito a sua opinião.
    no entanto, deixe-me só acrescentar que , para mim , ele é(ra) um dos maiores escritores da actualidade. genial, mesmo.
    mas não vou entrar em polémicas, até porque não sendo íntima eu conhecia-ao e gostava dele.quanto ao resto, há muito que se diga me relação ao mesmo.saberemos nós tudo?
    Paz e saúde

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  3. GOSTEI DA PINTURA...SÃO CHAMAS? PARECEM-ME CHAMAS...UM INCÊNDIO? MAS É LINDA

    JOKAS

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  4. Pedras,
    quando comecei a pintar, pensei no outono, no início do fim (inverno) na natureza...
    foi quando soube da morte do JSaramago. fim de 1 ciclo, princípio de outro? Na Natureza nada se perde...tudo se transforma, não é?
    1 beijo para ti.

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