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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A minha ilha

Pintura de Em@
(aguarela com textura)
©
.
Quando me sinto asfixiar, pelo lodaçal em que se transformou o país onde vivo, apetece-me ir cada vez mais para (o) Sul. Na impossibilidade de o fazer fisicamente, ponho em acção a minha criatividade. Hoje inventei uma ilha. Tem tudo o que gosto na natureza: mar, deserto, lagos de água doce,florestas,bosques,savanas, montanhas e até picos.
E claro que não há animais em vias de extinção. O trabalho será visto como prazer e não como condenação essencial para sobrevivermos.
Estou prontinha para partir. Se mais alguém quiser vir só há 2 condições, respeitar a Liberdade e só olhar de cima para o outro quando for para o levantar.
Aceitam-se inscrições e viva a utopia!

12 comentários:

  1. Há café nessa ilha? Sem café torna-se mais complicado.
    Tenho saudades do nosso cafezinho em Loulé!

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  2. Olha a minha coleguinha linda.Que saudades! Claro que há café. E quanto a Loulé,podemos repetir subindo mais um degrau.Queres?

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  3. Eu quero! Eu quero! Eu quero!
    E se bem precisava, acho que rejuvenescia!

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  4. Ok!OK!OK~!
    Não precisas levar nada. Lá há de tudo!Até resmas de rejuvenescimento interior e exterior. Serve?
    Dorme bem.

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  5. Olá Em@
    Antes mais BEMVINDA ao meu cantinho e obrigada por ter se tornado minha seguidora.Fico muuito honrada com a sua 'presença'. E deixe-me que lhe diga: é uma óptima fotógrafa. Tem um sentido de 'momento' bem sensivel e oportuno :).

    Em relação à proposta aqui sugerida, tocou no meu ponto susceptível: o meu País. Portanto, eu também quero ir :). Estou fartissssssssssíma deste mar de merda corrupta em que vivemos. Já nem o refúgio da minha paleta consegue apagar a minha incredulidade, perante tal lodaçal. Vivemos 'entalados'entre os caprichos de duas cores merdosamente descoloridas pela corrupção, e com intromissões de terceiros, ou seja, de outras cores ainda mais merdosas.Apetece-me 'mobilizar' a revolta. Afinal não é o povo o soberano?! Do que é que estamos à espera? O que é que precisamos mais para pôr esta 'cambada' na linha?
    Peço desculpa pelo uso de 'palavras impróprias'. Mas mais 'impróprio' é aquilo que estes 'senhores doutores catedráticos da corrupção', estes politicos merdosos, andam a fazer com a nossa dignidade e inteligência, e com o dinheiro de cada um de nós. Isso sim é impróprio. É NOJENTO E SUBHUMANO. Que PORCARIA de leis temos nós, que deixa impune esta corja parasitária?
    Me desculpe os 'desabafos' Ema.

    Um grande abraço para si :)
    (e depois, 'lá na sua ilha', desabafarei ainda mais: grito à natureza que nos salve :) )

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  6. Inês:
    Posso sugerir que nos tratemos por tu?
    Então, 1º bem-vinda também aqui ao Em@ e muito obrigada pelo rasto visível que deixas, tanto por comentares como por me seguires.
    Podes desopilar à vontade, porque o teu sentir é o meu sentir e de todos os que aqui marcam presença.Todos nos sentimos mobilizados para a revolta nem que seja através das palavras.
    Um dia e eu pressinto que está para breve, este lodaçal todo em que nos encontramos, espincha por tudo quanto é sítio e quem nele se esconde fica com o rabo de fora...como o gato, estás a ver?

    Um beijinho e encontramo-nos lá, na ilha do contentamento!

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  7. Bom dia, Ema.

    Insone, resolvi ler algumas postagens suas (é sempre um prazer). Esta me chamou a atenção; a começar pelo "não olhar as pessoas de cima".
    Achei que as suas aspirações no texto, eram, me perdoe, absolutamente utópicas e divergentes entre si. Vejamos:

    1- Como é possível lutar pelo Tâmega com tanta ênfase e esperança, e, ao mesmo tempo, enxergar a extinção como uma condenação. Esperança e condenação não são posturas quase antagônicas ?

    2- Quando muitos povos europeus abominam o "olhar de cima", soa um pouco demagógico.
    O Brasil, por exemplo, é um país de inúmeras potencialidades, que caminha para ser uma das grandes potências mundiais (tese dos principais analistas econômicos do mundo).
    Veja que, ainda diante deste contexto, muitos povos desse continente evitam o contato explícito com brasileiros. Muitos afirmam que o nosso povo é indisciplinado (opinião que parece ser eterna e imutável, mesmo diante do nosso crescimento, em quase todos os níveis). O Brasil é olhado "de cima", paradoxalmente, por povos onde a justiça, a educação, a política, as leis ambientais,a segurança, necessitam de profundas reformas.

    Admiro imensamente a sua inteligência, mas a achei contraditória. Espero que possa desculpar a minha franqueza.

    Antes de terminar: Na verdade o "olhar de cima" é fato comum por aí. Mas enquanto os trabalhadores de Portugal se iludem com o fato de ganharem, em euros, três vezes o salário do nosso trabalhador, esquecem que a sua gasolina custa quase quatro vezes mais do que a nossa. E nem se lembram, ao abastecerem seus carros, que somos um país auto-suficiente em petróleo.

    Ufaa!! Demorei a contatá-la e acabei escrevendo mais do que devia. Espero não ter sido inconveniente. Mas me perdoe, contradições me surpreendem.

    Um grande beijo, no seu coração!

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  8. Olá, Cláudio:
    Obrigada pelo seu comentário e sinceridade.
    Deixe-me só dizer-lhe o seguinte: este texto foi escrito num momento de muito cansaço e por verificar, MAIS uma vez, que se não for tocada pela utopia, não arranjo forças para continuar a remar contra a maré.
    É por isso que eu digo que se alguém me quiser acompanhar na minha ilha (utópica) só há 2 condições, respeitar a Liberdade e só olhar de cima para o outro quando for para o levantar.Não vejo onde possa haver contradição neste meu desejo utópico ou fuga criativa- pois neles só quero aquilo que eu não vejo, à minha volta, na realidade.
    Eu sou uma mulher de causas, mas sou realista e consequentemente céptica! Sei que é muito difícil atingirmos aquilo porque lutamos, se connosco não estiverem os que MANDAM.....mas isso não impede que eu continue a lutar, mesmo que nos momentos de cansaço me refugie em sonhos utópicos e pinte (ou escreva sobre) uma ilha que quero perfeita em todos os sentidos.
    Lutar contra interesses políticos é muito difícil , Cláudio, como provavelmente saberá.
    Tudo aquilo que disse em relação à maneira como, na generalidade, é visto o trabalhador brasileiro na europa, é verdade.Mas não são só os brasileiros, são todos os imigrantes...E não é só na europa que isso acontece.Aí no Brasil o racismo social faz isso mesmo...já para não falar de outros tipos de discriminação que aí existem.Como é que são tratados aí os argentinos, por exemplo????Estes males estão espalhados por toda a Terra.
    Nem toda os europeus ou portugueses vêem o OUTRO assim.
    Eu trabalho normalmente com crianças ciganas , filhos de imigrantes, crianças portadoras de algumas deficiências físicas e/ou problemas de inserção social. Portanto, eu sei, porque sinto o que é os outros olharem de cima para o outro.
    Eu também já fui olhada assim (e não gostei!), quando em 75 cheguei à Europa (Port) como refugiada da guerra civil de Angola no processo da indipendência daquele país. Fui ostracizada de 2 maneiras: por vir de lá e por ser uma angolana caucasiana e portanto só poderia ser colonialista.
    Eu sou angolana há 3 gerações pelo lado materno e 1 uma pelo paterno, mas tive uma educação europeia e viajei sempre muito para a Europa e outros países africanos, como tal só podia mesmo resultar alguém contraditório. Costumo dizer que sou uma crioula cultural.
    Mas voltando ao seu ponto 1 : eu luto com muita força em defesa do ambiente, mas sei que a maioria dos homens não pensa como eu...E se não mudarem a sua maneira de pensar o que acontecerá?
    Veja o caso do Tâmega. Se a opinião pública não conseguir que os interesses políticos e monetários de alguns arrepiem caminho o que teremos???No sábado passado houve manif contra a construção da barragem do Fridão no Tâmega. Estiveram lá os amarantinos? Poooooooooucos. a maioria dos manifestantes eram de fora!E eles serão sempre os 1ºs prejudicados.
    Desculpe a minha contradição, mas para continuar a luta pelo que acho certo, às vezes tenho que me refugiar nos sonhos utópicos.Só assim recupero a força anímica para continuar.
    Xiiiiiiii, escrevi um lençol, que nem vou reler...pelo que desculpe as gralhas que encontrar.
    Beijo no seu coração.

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  9. Cláudio:
    Veja por exemplo, os posts de solidariedade que faço. São os menos comentados.Sei que são lidos porque tenho um statcounter invisível, mas...
    Pedi, há tempos, a divulgação do caso de um amigo meu portador de paralisia cerebral (Paulo Condado). O 1º e único doutorado em Portugal que inventou um sistema informático para portadores com deficiência na fala poderem telefonar. O download é gratuito. Eu escrevi a todos os bloggers meus conhecidos (inclusivamente a si) para ampliarem o assunto - porque no Brasil por exemplo, de certeza que este programa seria muito útil... sabe quantos ampliaram? 3 (três). Do Brasil só a minha amiga Marise von o fez e daqui 2. A Anabela e a AL. Como quer que eu seja, se não uma 'utópica' lutadora por causas??
    Beijo no coração

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  10. A origem angolana difere a sua postura. Mas vc reconhece a discriminação.

    Argentinos ?! Vivem espalhados pelas nossas cidades. A maioria, já rica e estabelecida, está encantada com o país, com o acolhimento.

    Não desejo prolongar-me, respeito a sua posição. Acho que me era necessário apenas explicitar a questão do "olhar de cima".

    Com relação à causa da paralisia cerebral, acredito que era sua e de muitos, mas não uma das minhas, sinceramente.

    Beijo no coração.

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  11. Cláudio:
    1º lá em cima, no 1º post é independência, como é lógico.

    2ºclaro que eu reconheço a discriminação. só se fosse cega de todos os sentidos é que não a reconheceria. Mas permita-me um pergunta: refere-se à discriminação feita pelos outros ou por mim?
    É que de repente surgiu-me essa dúvida.

    3ª Se falei nos argentinos, fi-lo porque são brasileiros meus amigos e até argentinos que falam nisso.

    4º quanto à causa do Paulo Condado, nada tenho a acrescentar. cada um sabe que causa deve e pode abraçar.

    5º há algum problema, Cláudio? pressinto um "je ne sais quoi", que sinceramente, não consigo perceber.

    fique bem.
    beijo no coração

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