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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estudo XLIX

8 comentários:

  1. Uau,

    This is something...

    Se tu ainda souberes
    adivinhar a tristeza
    no coração das minhas águas

    podemos ainda ensaiar
    voos de gaivotas
    e partir
    rumo ao futuro.


    Excelente, no ritmo e na harmonia das palavras, na beleza e coerência das metáforas, nível a que faz um pequeno quadro, uma pintura a que assiste a graça da animação, como num filme de Andrei Tarkovsky.
    Na melhor tradição do sempre amado e saudoso Gomes Ferreira, o José -o vélhinho que eu mais admirei ter conhecido e com ele privado, pessoalmente, em múltiplos sentidos, um verdadeiro mestre, para mim é claro, mas isto sem que se trate aqui, no caso da sua peça, de uma imitação do Poeta; nada disso. A delicadeza com que retrata uma aceitação de amor imediatamente lhe confere um toque de singularidade e a pintura que criou para o fazer, retiram qualquer laivo de deja vú ao seu poema, num tema em que, de tão corriqueiro, é sempre mais difícil fugirmos ao que em linguagem simples dizemos, mais do mesmo. Não é o que aqui acontece, pois este é material digno da página de um livro. "-Notaaa deeez!!!" -Na escala brasileira, é claro.

    Quando se me alua
    o ventre

    Inspiração, momentos da mais elevada inspiração; abençoados sejam.

    Uma pérola preciosa, é o que esta poesia é.
    Bem-haja por a partilhar com os leitores.

    Hasta luegooooo

    Luís Gomes

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  2. Em@, querida ..
    já me atribuíste tantos prémios, hoje é a minha vez: contemplei-te :-)) com o blogue de ouro, vai buscá-lo ..

    bjis

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  3. Luís.
    eu fico, assim, sem palavras. nem sei o que dizer para além de obrigada.

    paz e saúde.
    :)

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  4. AL = Ana Linda
    parece que hoje há um complô para me emocionar...estou em fase lunar, tu sabes bem o que isso é, não é???
    muito obrigada pela distinção
    gosto-te bué.
    beijo-te no <3

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  5. Olááá,

    Não tem de quê, aliás, quem agradece é o leitor que, sem ter feito nada por isso, recebeu assim, de mão beijada, um presente tão encantador e eloquente no que nos leva a pensar.

    Mas a verdade é que se vê o azul do céu, os enleios planantes de duas gaivotas, esseando em pêndulos suaves que sobre e descem na mesma lentidão, tocando-se e por fim se lançando na imensidão, em que podemos imaginar a crepitação azulada do mar, aqui e ali salpicada de brilhos relampejantes da cor do oiro. É o mérito da sua pintura que nos leva ao encontra da beleza das coisas simples.

    É uma forma muito elegante de falar do amor e no entanto plena, tão simplesmente aceitar o amado, se também ele ainda amar; claro que sim...
    Pois é o que diz com um pequeno diamante pictórico. Precioso.

    Por isso falei do Tarkovsky que tinha por hábito fazer-nos ver pinturas nas imagens com que compunha os seus filmes; é o que a Ema faz com os seus versos. Muito bonito e as coisas bonitas merecem sempre ser assinaladas.

    É claro que a Ema compreende que a minha opinião tem a pequena validade de um olhar pessoal e, como sabe, ou já deve ter percebido, não especialista nestas matérias e aquilo que escrevo decorre apenas do facto de ter opinião sobre aquilo que leio, todavia, suportada pelos parcos conhecimentos que tenho no assunto e por isso se limita a registar mais que a elaboração de uma análise -por muito pouco cuidada que o fosse- tão só as impressões que uma leitura me provoque. A minha opinião é pois muito singela, só por generosidade própria pode a Ema ficar sem palavras.

    Está a ver, este mundo pode ser um desvario e nós andarmos foribundos, mas há sempre uma maravilha assim para nos aliviar as canseiras -quantas vezes a palavra nem mesmo tem o mais leve sentido...- e é por isso que eu já lhe disse que aqui me sinto como nos recantos que escolho para repouso de uma caminhada, sombras frondosas em que nos hidratamos e recuperamos, pequenos jardins em que descansamos pela evasão dos traços e dos aromas das geometrias coloridas e onde podemos conversar numa permuta de enriquecimento que é sempre um bónus quando saímos à rua. E com festa, porque nem só de tristezas pode uma pessoa viver e até nisso a Ema tem o cuidado de nos brindar com champanhe. Donde, só pode ser um prazer entrar e estar nesta praça de oliveiras, uma praça de paz.

    Aquilo que lhe desejo,

    Luís Gomes

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  6. posso me juntar à fase lunar? :-)

    tão belo poema!
    beijinho Em@ mas sobretudo, obrigada!

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  7. Luís:
    _____________________ + uma vez obrigada!

    Saúde e paz!

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  8. Andy:
    podes, claro. mulher é mulher e toda a mulher sofre as suas fases lunares mensais.
    beijinho, minha querida e não tens que agradecer absolutamente nada! estamos aqui para isso. :)
    beijo no <3

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