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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O Drama de Um Rio - Ainda o Tâmega

Pintura de Em@ (aguarela com textura)
©
.
Os gritos do rio são verdes
com ecos de odores tristes
.
- Quem me salva...alva...alva?
grita o rio.
- Eu...euu...euuuuuu...
respondem
vozes líquidas de esperança
-num outro tom de verde-
que se avolumam e condensam
numa pedra que rebola
até cair no charco.
.
Será tarde?
.
Começo a contar o tempo
e vejo o tempo passar
no olhar distraído
de quem deixa lavrar o podre
que mata este rio.
.
Quem te fez assim distraído?
Quem te soprou ao ouvido o recado
para não veres e calares?
É a vida , não vês?
que deixas morrer
e que nunca se fará mar?
.
Em@
.
~
O poeta a mijar...
.
Se milagres desejais
Recorrei a São Gonçalo,
O Sócrates leva um abalo
E engole o Tâmega inteiro.
Fica o resto da vidinha
A mijar verde.
Acaba-se com barragens.
Despolui-se o mijado e obrado rio.
Rio eu ‘choa
Numa boa
E o bom Deus
Agradece
Por o deixarem sorrir-se
Das socretinices cretinas mentecaptas
Deste jardinzinho nada
Aprazível
Em que (porque nos abaixamos)
Nos mijam e obram para cima…
.
Ângelo Ochôa

5 comentários:

  1. Obrigada.
    Mas, só me dizes isso????:(

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  2. Emm@inha:
    seu poema é um chilreio e sob ele meu poeminho é obrinha...bjnhs, fâ que não mereço!

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  3. Ai...ai...ai... E aminha pintura? Que demorou horrores a secar, mas que eu acho que valeu a pena, passa assim em branco? Ó gentiiiiiiii!

    :(

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