©
.
passeio-me à beira do abismo
sem uma rede de apoio.
o dia arde de tanto desassossego
vindo do frio invernoso.
invento um sol
invento um sol
que pinto na parede
e
logo
se levanta um sopro
que me leva mais para sul.
lentamente
o pesadelo derrete-se.
.
Em@
A Sul:
ResponderEliminarDonzelas roxas poncítias desmaiam, mas basta do sol um ténue raio
e reanima-se a rua; se não tivéssemos bolsos as mãos despedaçavam-se;
saltitam avezinhas p’lo empedrado ensaiando uns tímidos devaneios;
gaivotas pairam voos altos, brancuras rompem entre neblina;
rafeiros vão perdidos em remanescente ruína, já antes noite petrificada;
salpicando relva, estremece uma límpida água musical, que purifica;
a negrilhos em fila prolongando a avenida parecem ascender
para os olhos sonhadores do poeta as folhas num amarelento matiz;
gotículas do orvalho à clara luz refervidas cristalizam lacrimosas;
aéreas flâmulas transmitem morse, vento, murmúrios libertários;
na nogueira o estorninho desfaz o bico em açúcar a pissitar;
caudalosa a fluir o alto júbilo a hora grita escancarada.
Toca a arrebitar Em@! Eu sei que o tempo não ajuda mas há que fazer por isso. :)
ResponderEliminarBeijinho!
É verdade! O Sul derrete qualquer pesadelo!
ResponderEliminarBjs
Angel(inh)o:
ResponderEliminarQue bonito!
Obrigada
Beijinho
Elenáro:
ResponderEliminar;)
Beijnho e obrigada per tutti
Anabela:
ResponderEliminarOra se derrete...
Beijinho grande.
Contrastes de cores suaves mas bem definidas. Centros bem marcados e a esbaterem-se para as margens .... falta de definição ou rumos adiados ?
ResponderEliminarEu gosto de ler ou ouvir a interpretação sobre aquilo que pinto,desenho ou escrevo.Mas não vale perguntar...
ResponderEliminarQual é a sua interpretação, Blackhill? :)