Leando, seja bem-vindo e muito obrigada por ter deixado rasto visível.
esta cantora é marroquina e a música sefardita (música popular da península ibérica, no século xvi. quando os judeus foram expulsos da península levaram com eles, juntamente com a chave da porta das casas que foram forçados a abandonar (tal como fizeram mais recentemente os palestinianos obrigados a abandonar as suas casas na cisjordânia e partir para o exílio), as suas tradições e as memórias das terras que abandonavam... estes judeus da península são denominados sefardis e levaram com eles, também , música popular que s cantava na península. e na diáspora, fazendo o seu caminho por marrocos, turquia, ou norte da europa, os sefardís (ou 'da península') guardaram esta tradição de geração em geração. a esmagadora maioria das canções sefarditas são canções de amor, outras são os tradicionais romances que nós conhecemos. nenhuma delas é o que poderíamos chamar uma canção 'judaica'. como não há registos escritos desta música, ao tentar recolhê-las, nas diversas comunidades sefardís foi, principalmente, nas comunidades de marrocos e da turquia, por serem minoritárias e, consequantemente mais fechadas, que se encontraram mais vestígios desta imensa tradição.
nota: não há registos escritos porque quem escrevia a música eram os monges , padres ou músicos ligados à igreja.
Ginginha - é um licor feito de umas bagas chamadas ginjas (parecidas com a cereja). O de Óbidos é famososo e é de lá que trago.Mas há também em Lisboa e no Algarve) Em Lisboa há uns tempos, podia-se beber ginginha a preços muito baratos numa taberna " Ginginha Sem Rival", fundada no século XIX e que ficava (acho que reabriu) na Rua das Portas de Santo Antão.Esta era frequentada por artistas detoas as áreas e não só , claro.
Olá, novamente Sefarade, o nome hebraico para a Península Ibérica onde a diáspora conheceu a sua idade de ouro e onde viveram nomes tão incontornáveis na história do pensamento e do conhecimento como, só para não maçar, Maimónides ou Baruch Spinosa., este último de origem portuguesa. Esta língua que tão parecida ao castelhano é, trata-se do ladino –hoje praticamente uma morta-, uma mistura de vocabulário hebraico com o castelhano e português de então e que era o crioulo que as comunidades judaicas, especialmente as andaluzas, falaram na Península até ao século XV (1498) quando o Rei português, D. Manuel I, decretou a sua expulsão ou a alternativa conversão que acabou por dar origem a toda a tragédia da cultura marrana de que tantos e tantos portugueses são descendentes. Atenção que foi língua literária, pois existem muitos textos rabínicos e interpretações talmúdicas com esse registo, para além de contos e romances e uma vasta lírica que até está reunida no cancioneiro judeo-castelhano. Muito do que na tradição do pensamento ocidental se aponta como o legado árabe da Península Ibérica tem a ver com o repositório cultural destas comunidades que a maldade humana destruiu para sempre. Veja lá se não é bonito. Al ruído de la fuente Una zagala vi Al ruído del agua Una voz io senti, senti una voz que decia Ay de mi, ay de mi Sola, ai mi.
Shalom, Luís, shalom! que bom que completou tudo o que eu disse para trás.já leu algum dos livros do Richard Zimmler? Se não leu, leia, porque reconstróí esses caminhos da diáspora. eu tenho contacto com a cultura judaica, mas não em esqueço nunca da Palestina. Shalom!
Em defesa do Ambiente. Em defesa da Terra. Em defesa do Universo.
Campanha
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Na compra do livro ajuda a Regaço que apoia crianças em risco...
2010 - Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social
"É proíbida a entrada a quem não estiver espantado de existir." José Gomes Ferreira
Viva A Diversidade
As Minhas Raízes
ÁFRICA
Reticências
"As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho..."
Mário Quintana
Exílio
"Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades."
Sophia de Mello Breyner Andresen
Nos teus olhos
"É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe, mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti; Nuno Júdice
Vazio
"A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.”
Manoel de Barros
Poema do Contra
"Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!" Mario Quintana
Quando Eu Morrer
"Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto ao mar."
Sophia de Mello Breyner Andresen
Quem
"...Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros
Sem nos dar braços para os alcançar?!..." Florbela Espanca
Livro
"O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive." Vieira, António (Padre)
Palavras
"As palavras não dizem tudo quanto é preciso. Diriam mais, talvez, se fossem asas." José Saramago
Escrever
"Escrever é fácil: começas com uma letra maiúscula e terminas com um ponto final. No meio colocas as ideias." Pablo Neruda
Dúvida
"Duvido, portanto penso."
Fernando Pessoa
Sabedoria Africana
Ter sempre pressa não impede a morte, tal como ter vagar não nos impede de viver."
Provérbio Escandinavo
"Visite os seus amigos com frequência. O mato cresce depressa em caminhos pouco percorrido."
Trabalho
"O homem não nasceu para trabalhar, mas para criar."Professor Agostinho da Silva
Futuro
"O Futuro é a solidão por estrear." José Agualusa in Barroco Tropical
Poeta
"Quando já não havia outra tinta no mundo, o poeta usou do seu próprio sangue. Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo. Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado. Como o sangue: sem voz nem nascente."
Mia Couto
Talvez poema
"(...) Osamigosnãomorrem
somosnósquemorremos namortedeles"
Jad
Sensibilidade
"A sensibilidade é a pele da alma..." Miguel Loureiro
Sentidos
"Nós temos cinco sentidos: são dois pares e meio de asas.- Como quereis o equilíbrio?" David Mourão-Ferreira
"Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira. O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos. Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos." Martin Luther King
"To see a world in a grain of sand, and heaven in a wild flower... hold infinity in the palm of your hand, and eternity in an hour." William Blake
Caos
"É preciso muito caos interior para se poder parir uma estrela que dança." Nietzsche
Quase
"Quem quase morre ainda vive. Quem quase vive já morreu." Luís Fernando Veríssimo
O valor das coisas
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". Fernando Pessoa
Playing For Change
“Behind the storms of daily conflict, crisis and struggle, it is the artist, and the poet and the musician that continues the quiet work of the centuries, building bridges of experience between peoples, and reminding us the universality of our feelings, desires, and despairs, and reminding us that the forces that unite are deeper than those that divide.”
Maravilha de música.... não conhecia, mas sou doido com músicas em espanhol, principalmente as latinas. Vou procurar conhecê-la mais...
ResponderEliminarVocê vai ter que me explicar o que é uma "ginjinha"! É a nossa canja de galinha? Se for também serve! Bjuuu!
Leando, seja bem-vindo e muito obrigada por ter deixado rasto visível.
ResponderEliminaresta cantora é marroquina e a música sefardita (música popular da península ibérica, no século xvi.
quando os judeus foram expulsos da península levaram com eles, juntamente com a chave da porta das casas que foram forçados a abandonar (tal como fizeram mais recentemente os palestinianos obrigados a abandonar as suas casas na cisjordânia e partir para o exílio), as suas tradições e as memórias das terras que abandonavam...
estes judeus da península são denominados sefardis e levaram com eles, também , música popular que s cantava na península. e na diáspora, fazendo o seu caminho por marrocos, turquia, ou norte da europa, os sefardís (ou 'da península') guardaram esta tradição de geração em geração.
a esmagadora maioria das canções sefarditas são canções de amor, outras são os tradicionais romances que nós conhecemos. nenhuma delas é o que poderíamos chamar uma canção 'judaica'.
como não há registos escritos desta música, ao tentar recolhê-las, nas diversas comunidades sefardís foi, principalmente, nas comunidades de marrocos e da turquia, por serem minoritárias e, consequantemente mais fechadas, que se encontraram mais vestígios desta imensa tradição.
nota: não há registos escritos porque quem escrevia a música eram os monges , padres ou músicos ligados à igreja.
Ginginha - é um licor feito de umas bagas chamadas ginjas (parecidas com a cereja). O de Óbidos é famososo e é de lá que trago.Mas há também em Lisboa e no Algarve) Em Lisboa há uns tempos, podia-se beber ginginha a preços muito baratos numa taberna " Ginginha Sem Rival", fundada no século XIX e que ficava (acho que reabriu) na Rua das Portas de Santo Antão.Esta era frequentada por artistas detoas as áreas e não só , claro.
1 abraço, Leandro.
volte sempre.
Abraço Leandro.
Olá, novamente
ResponderEliminarSefarade, o nome hebraico para a Península Ibérica onde a diáspora conheceu a sua idade de ouro e onde viveram nomes tão incontornáveis na história do pensamento e do conhecimento como, só para não maçar, Maimónides ou Baruch Spinosa., este último de origem portuguesa.
Esta língua que tão parecida ao castelhano é, trata-se do ladino –hoje praticamente uma morta-, uma mistura de vocabulário hebraico com o castelhano e português de então e que era o crioulo que as comunidades judaicas, especialmente as andaluzas, falaram na Península até ao século XV (1498) quando o Rei português, D. Manuel I, decretou a sua expulsão ou a alternativa conversão que acabou por dar origem a toda a tragédia da cultura marrana de que tantos e tantos portugueses são descendentes. Atenção que foi língua literária, pois existem muitos textos rabínicos e interpretações talmúdicas com esse registo, para além de contos e romances e uma vasta lírica que até está reunida no cancioneiro judeo-castelhano.
Muito do que na tradição do pensamento ocidental se aponta como o legado árabe da Península Ibérica tem a ver com o repositório cultural destas comunidades que a maldade humana destruiu para sempre.
Veja lá se não é bonito.
Al ruído de la fuente
Una zagala vi
Al ruído del agua
Una voz io senti,
senti una voz que decia
Ay de mi, ay de mi
Sola, ai mi.
E esta, heim?!
Shalom,
Luís F. de A. Gomes
Shalom, Luís, shalom!
ResponderEliminarque bom que completou tudo o que eu disse para trás.já leu algum dos livros do Richard Zimmler? Se não leu, leia, porque reconstróí esses caminhos da diáspora. eu tenho contacto com a cultura judaica, mas não em esqueço nunca da Palestina.
Shalom!