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sábado, 24 de abril de 2010

Apeteceu-me !



Boa noite!

4 comentários:

  1. Maravilha de música.... não conhecia, mas sou doido com músicas em espanhol, principalmente as latinas. Vou procurar conhecê-la mais...

    Você vai ter que me explicar o que é uma "ginjinha"! É a nossa canja de galinha? Se for também serve! Bjuuu!

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  2. Leando, seja bem-vindo e muito obrigada por ter deixado rasto visível.

    esta cantora é marroquina e a música sefardita (música popular da península ibérica, no século xvi.
    quando os judeus foram expulsos da península levaram com eles, juntamente com a chave da porta das casas que foram forçados a abandonar (tal como fizeram mais recentemente os palestinianos obrigados a abandonar as suas casas na cisjordânia e partir para o exílio), as suas tradições e as memórias das terras que abandonavam...
    estes judeus da península são denominados sefardis e levaram com eles, também , música popular que s cantava na península. e na diáspora, fazendo o seu caminho por marrocos, turquia, ou norte da europa, os sefardís (ou 'da península') guardaram esta tradição de geração em geração.
    a esmagadora maioria das canções sefarditas são canções de amor, outras são os tradicionais romances que nós conhecemos. nenhuma delas é o que poderíamos chamar uma canção 'judaica'.
    como não há registos escritos desta música, ao tentar recolhê-las, nas diversas comunidades sefardís foi, principalmente, nas comunidades de marrocos e da turquia, por serem minoritárias e, consequantemente mais fechadas, que se encontraram mais vestígios desta imensa tradição.

    nota: não há registos escritos porque quem escrevia a música eram os monges , padres ou músicos ligados à igreja.

    Ginginha - é um licor feito de umas bagas chamadas ginjas (parecidas com a cereja). O de Óbidos é famososo e é de lá que trago.Mas há também em Lisboa e no Algarve) Em Lisboa há uns tempos, podia-se beber ginginha a preços muito baratos numa taberna " Ginginha Sem Rival", fundada no século XIX e que ficava (acho que reabriu) na Rua das Portas de Santo Antão.Esta era frequentada por artistas detoas as áreas e não só , claro.

    1 abraço, Leandro.
    volte sempre.

    Abraço Leandro.

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  3. Olá, novamente
    Sefarade, o nome hebraico para a Península Ibérica onde a diáspora conheceu a sua idade de ouro e onde viveram nomes tão incontornáveis na história do pensamento e do conhecimento como, só para não maçar, Maimónides ou Baruch Spinosa., este último de origem portuguesa.
    Esta língua que tão parecida ao castelhano é, trata-se do ladino –hoje praticamente uma morta-, uma mistura de vocabulário hebraico com o castelhano e português de então e que era o crioulo que as comunidades judaicas, especialmente as andaluzas, falaram na Península até ao século XV (1498) quando o Rei português, D. Manuel I, decretou a sua expulsão ou a alternativa conversão que acabou por dar origem a toda a tragédia da cultura marrana de que tantos e tantos portugueses são descendentes. Atenção que foi língua literária, pois existem muitos textos rabínicos e interpretações talmúdicas com esse registo, para além de contos e romances e uma vasta lírica que até está reunida no cancioneiro judeo-castelhano.
    Muito do que na tradição do pensamento ocidental se aponta como o legado árabe da Península Ibérica tem a ver com o repositório cultural destas comunidades que a maldade humana destruiu para sempre.
    Veja lá se não é bonito.
    Al ruído de la fuente
    Una zagala vi
    Al ruído del agua
    Una voz io senti,
    senti una voz que decia
    Ay de mi, ay de mi
    Sola, ai mi.

    E esta, heim?!

    Shalom,
    Luís F. de A. Gomes

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  4. Shalom, Luís, shalom!
    que bom que completou tudo o que eu disse para trás.já leu algum dos livros do Richard Zimmler? Se não leu, leia, porque reconstróí esses caminhos da diáspora. eu tenho contacto com a cultura judaica, mas não em esqueço nunca da Palestina.
    Shalom!

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