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terça-feira, 6 de julho de 2010

Estamos Mais Pobres: In Memoriam De Matilde Rosa Araújo


Morreu, hoje, aos 89 anos, a professora e escritora Matilde Rosa Araújo, a Tila, uma referência da literatura infanto-juvenil, uma amiga e defensora dos direitos das crianças,cuja carreira foi longa e premiada.
Na sua obra literária focou sempre três tipos de infância: a dourada, a agredida e a infãncia como projecto.
Matilde Rosa Lopes Araújo nasceu em 2o de Junho de 1921 e licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica em 1945 e esteve sempre ligada à docência. Era pois, uma, das melhores, da nossa classe.
Estou triste e mais pobre.
Estamos todos mais pobres.
A melhor forma de a homenagear é continuando a ler e a divulgar os seus livros.
O corpo de Matilde Rosa Araújo está em câmara ardente na SPA e vai a enterrar esta quarta-feira.

Bibliografia de Matilde Rosa Araújo

"A Garrana", é uma novela sobre a eutanásia, editada em 1943, dois anos antes de concluir a licenciatura. Com esta obra, Matilde Rosa Araújo venceu o concurso "Procura-se um Novelista" do jornal "O Século".

Livros infantis:

"O palhaço verde",
"História de um rapaz",
"O cantar da Tila",
"O sol e o menino dos pés frios",
"Balada das vinte meninas",
"O reino das sete pontas",
"História de uma flor",
"O gato dourado",
"As botas do meu pai",
"As fadas verdes",
"Segredos e brincadeiras",
"A saquinha da flor"
e
"Lucilina e Antenor".

"O inédito "Florinda e o Pai Natal" será editado a título póstumo, em Outubro, pela Calendário, de acordo com fonte da editora. A obra conta com ilustrações de Maria Keil, com quem colaborava. Gémeo Luís e João Fazenda são outros ilustradores das obras de Matilde Rosa Araújo."

Nota:
O percurso como escritora de literatura infantil iniciou-se em 1957, com "O Livro da Tila", construído nas viagens de comboio entre Lisboa e Portalegre, onde dava aulas e se tornou amiga de José Régio.
Os poemas foram musicados por Lopes Graça.

Entre os livros de contos e poesia para adultos destacam-se:
"Estrada Sem Nome",
"Praia Nova",
"O Chão e as Estrelas"
e
"Voz Nua

"Sobre a escritora foi publicada a biografia romanceada "Matilde Rosa Araújo - um olhar de menina" (2009), por Adélia Carvalho e ilustração de Marta Madureira. É uma narrativa com fragmentos da vida da escritora, em particular da infância, complementada com personagens da sua obra literária." Daqui

5 comentários:

  1. MATILDE ROSA ARAÚJO FOI UMA REFERÊNCIA PARA MIM...ELA E SOPHIA DE MELLO...INESQUECÍVEIS...GRANDES SENHORAS QUE MERECIAM MAIS APLAUSOS...
    EM@, EU MUDEI O BLOGUE...NÃO SEI SE GOSTARÁS...
    A TUA OBSERVAÇÃO ACERCA DO MEU POST FEZ-ME RIR...FOSTE A SEGUNDA A VER ALI UMA ENCENAÇÃO...E QUEM SABE SE AQUELA ARMA NÃO ESTÁ CHEIA DE AREIA OU ÁGUA...:)))

    BEIJINHOS

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  2. Pedrasnuas,
    eu tive mais referências, mas essas duas estão no grupo das maiores... E que linda que era era!...Já disse no teu blog. Gosto do visual que adoptaste, ainda para + porque tem cores africanas e que eu uso sempre em tudo o que faço.
    tenho é dificuldade em ler por haver pouco contraste entre o fundo e a cor das letras, mas isso é , certamente, um problema meu.
    beijinho para ti e para o actor promissor que tens à mão de semear tão belas fotografias.

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  3. Matilde Rosa Araújo fez parte do meu percurso escolar. Encantavam-me as suas palavras.

    É mais uma figura do panorama literário que se perde. Mas a Obra fica para a posteridade.

    Primeiro foi Saramago, agora Matilde...esperemos não perder mais ninguém.

    "A morte não pode ter razão sobre a vida", escreveu Vergílio Ferreira. Para estes homens e mulheres nunca terá.

    :(

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  4. corrigindo no comentário7resposta à Pedrasnuas
    ---> ...e que linda que eLa era <---
    Sorry

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  5. Bem-vinda , Natália.
    Muito obrigada por visitar o Em@ e deixar rasto com pegada bem visível.
    Concordo, plenamente, com o seu comentário.
    Vergílio Ferreira é outro dos autores que gosto. A propósito não tenho todos os livros dele da "Conta-corrente", tenho que ir à procura dos que me faltam. Na altura não os comprei, porque sendo diários autobiográficos deprimiam-me um bocado.
    beijinho

    volte sempre. Mi casa es su casa!

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